O cofundador do Ethereum, Vitalik Buterin, refutou alegações de que teria vendido qualquer ETH no último mês, em uma publicação recente no X (antigo Twitter).
“Eu não vendi um único ETH no último mês”, respondeu Buterin a um usuário do no sábado (26). Ele acrescentou que “a quantidade de ETH que possuo na verdade aumentou”.
Buterin também abordou as alegações de que a Fundação Ethereum estaria “despejando” tokens no mercado, afirmando que a movimentação de fundos da organização é para pagar pesquisadores e desenvolvedores essenciais.
“Irmão, a Fundação Ethereum está pagando pesquisadores e desenvolvedores”, disse Buterin em uma publicação no X, listando nove responsabilidades dos funcionários pagos. “Mostre um pouco de respeito.”
Seus comentários surgem em meio à crescente pressão pública sobre Buterin e a Fundação Ethereum, após esta última mover US$ 94 milhões em Ethereum para a exchange centralizada Kraken em agosto, como parte de suas “atividades de gestão do tesouro”.
Em uma publicação posterior, Buterin disse que a transferência da Fundação para a Kraken não significava que a organização estava “despejando” todo o valor de US$ 94 milhões em ETH de uma vez. Ele afirma, em vez disso, que a Fundação está tentando reduzir seu impacto no mercado utilizando métodos como ordens limitadas.
Em resposta a uma pergunta sobre por que a Fundação não utiliza seus fundos de ETH em staking e paga os custos com a receita gerada, Buterin explicou que a Fundação está evitando isso para prevenir problemas com a neutralidade da organização no futuro.
“Não queremos estar na situação de sermos forçados a tomar uma ‘decisão oficial’ em caso de um hard fork controverso”, disse ele.
Um hard fork ocorre quando a rede passa por uma divisão, criando dois tokens em sua esteira. Em alguns casos, essa mudança é controversa, dividindo a comunidade entre essas duas redes — como aconteceu com o Bitcoin e o Bitcoin Cash, ou com o próprio Ethereum e o Ethereum Classic.
No caso de um hard fork polarizador, se a Fundação tivesse ETH em staking, ela seria obrigada a escolher um lado, pois o ETH em staking estaria vinculado a uma das redes.
Em vez disso, Buterin sugeriu que a Fundação poderia fornecer doações em Ethereum e pedir que os beneficiários colocassem esses fundos em staking pelo tempo que desejarem. Embora isso ainda exigisse que a Fundação movimentasse fundos, isso desaceleraria o processo de venda, pois aqueles que fossem pagos estariam incentivados a ganhar o rendimento percentual que o staking oferece.
Alternativamente, o poder poderia ser distribuído entre mais organizações, fortalecendo a ideologia de descentralização de cripto. Mas, por enquanto, isso é apenas teórico.
*Traduzido autorização do Decrypt.
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