A Ripple, gigante fintech conhecida por suas soluções de pagamento via blockchain, anunciou sua expansão no Brasil com o lançamento da Ripple Payments, uma plataforma de alta velocidade para transações internacionais. O primeiro a adotar essa tecnologia será o Mercado Bitcoin, uma das maiores exchanges de criptomoedas da América Latina, com foco inicial em transações entre o Brasil e Portugal.
Facilitação de pagamentos internacionais
O Ripple Payments, anteriormente chamado RippleNet, é uma solução que permite a realização de pagamentos transfronteiriços de forma mais rápida e barata, utilizando a infraestrutura blockchain da Ripple. A tecnologia oferece liquidez sob demanda e pode ser usada por empresas sem a necessidade de possuírem ou utilizarem criptomoedas. Dessa forma, empresas e instituições financeiras podem realizar transações em tempo real, eliminando a complexidade e os custos altos associados aos métodos tradicionais de pagamento.
O Mercado Bitcoin visa otimizar suas operações de tesouraria entre o Brasil e Portugal, aproveitando a plataforma da Ripple para melhorar a gestão de liquidez e reduzir os custos e o tempo das transações internacionais. Além disso, no futuro, a solução será estendida para outros negócios e clientes de varejo, oferecendo-lhes acesso a pagamentos diretos em real.
Brasil: Um mercado estratégico para a Ripple
O Brasil foi escolhido como o primeiro país da América Latina para o lançamento dessa solução devido à sua posição de destaque no cenário cripto. Com uma economia crescente, alta taxa de adoção de criptomoedas e um ambiente regulatório favorável, o país é visto como um ponto estratégico para a expansão da Ripple na região. A fintech já havia aberto um escritório no Brasil em 2019 e, em 2022, fez uma parceria com o Travelex Bank para fornecer liquidez sob demanda no país.
Jordan Abud, chefe de operações bancárias do Mercado Bitcoin, afirmou que a parceria com a Ripple trará uma simplificação nos processos de transferências internacionais, proporcionando maior eficiência e agilidade às transações. Segundo a emissora do XRP, o Brasil é um “hub crítico” para a inovação em criptomoedas devido à sua abordagem progressiva em relação às políticas financeiras e à crescente inclusão digital.