A Receita Federal da Argentina, a AFIP, será fechada em breve, após um comunicado oficial emitido pelo Presidente Javier Milei, que anunciou um grande corte de gastos.
Além disso, ele colocou o Banco Central da Argentina (BCAR) na lista de encerramento, indicando que planeja realizar mudanças também no regulador do dinheiro argentino. Ambas as ações eram promessas de campanha de Milei, o primeiro presidente argentino a declarar apoio público ao bitcoin.
Com seu lema “Viva la libertad, Carajo“, Milei tem conduzido grandes mudanças na economia de um país assolado pela hiperinflação.
Presidente da Argentina resolveu fechar a Receita Federal do país, entenda
Em um comunicado na última segunda-feira (21), Milei anunciou o encerramento da Administración Federal de Ingresos Públicos (AFIP), a receita federal do país. Responsável pela cobrança de impostos dos argentinos, a mudança tem impacto profundo na sociedade local.
“O presidente Javier Milei decidiu dissolver a AFIP e criar em seu lugar uma nova organização com uma estrutura mais simples, eficiente e menos dispendiosa. Desta forma, o Governo Nacional destruirá circuitos corruptos, eliminará privilégios passados e optimizará a gestão pública.”
El Presidente Javier Milei decidió disolver la AFIP y crear en su lugar un nuevo organismo con una estructura más simple, más eficiente y menos costosa. De esta manera, el Gobierno Nacional destruirá los circuitos corruptos, eliminará privilegios del pasado y optimizará la… pic.twitter.com/DPcD5Y9bXU
— Oficina del Presidente (@OPRArgentina) October 21, 2024
Em um comunicado oficial, a presidência argentina declarou que no lugar da AFIP surgirá a ARCA. “Será criada a Agência de Arrecadação e Controle Aduaneiro (ARCA), um órgão com estrutura mais simples, mais eficiente, menos custosa e menos burocrática. Essa medida reduzirá em 45% as autoridades superiores e em 31% os níveis inferiores, o que representa a eliminação de 34% da estrutura atual, gerando uma economia anual de 6.400 milhões de pesos“, diz comunicado público.
Além disso, 3.155 agentes contratados recentemente para a AFIP perderão seus empregos, o equivale a 15% do quadro de funcionários atual. Até mesmo os salários dos gestores da ARCA terão impacto no corte de gastos, com salários reduzidos e equiparados aos de outros servidores públicos.
“A criação da ARCA tem como objetivo a redução do Estado, a eliminação de cargos desnecessários, a profissionalização do órgão, a destruição dos circuitos corruptos, e a melhoria na eficiência da arrecadação e do controle aduaneiro, eliminando os privilégios do passado e otimizando a gestão pública.”
“Banco Central será fechado, mas antes temos que limpá-lo”, diz Milei
Também na última segunda, Javier Milei publicou uma carta no X para a ex-presidente Cristina Fernández de Kirchner, sua rival política no país. Na carta, ele argumenta que conseguiu abaixar a inflação em vários setores e tem lutado para diminuir o problema deixado pelas gestões da antiga presidente.
Além disso, ele prometeu que vai encerrar o Banco Central Argentino, mas que ainda não conseguiu fazer. “Quanto ao encerramento do BCRA, digo-vos que antes de fechá-lo, para que não conduza a uma crise, deve ser limpo, para que os ativos sejam recompostos e assim os passivos possam ser resgatados“, declarou Milei.
“Portanto, se ainda não o fechamos é porque estamos consertando esse desastre que a sua gestão causou. Mas não tenha dúvidas de que hoje estamos muito mais perto de fazê-lo do que você pode imaginar.”
Sra. Cristina Fernández de Kirchner:
Le pido disculpas qué no le he podido escribir antes pero estaba ocupado resolviendo temas muy importantes para el bienestar de los argentinos de bien.En primer lugar parece que le cuesta más trabajo entender una simple metáfora que mostrar…
— Javier Milei (@JMilei) October 22, 2024
Outra promessa de campanha de Milei envolve a adoção do Bitcoin, assim como Nayib Bukele fez em El Salvador. Com outras promessas em andamento, o cenário indica uma realidade promissora para o bitcoin ganhar espaço no país.
Fonte: Presidente da Argentina fecha Receita Federal e coloca Banco Central na mira
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