Policiais civis de São Paulo e Goiás prenderam na segunda-feira (11) quatro suspeitos de envolvimento em um esquema de fraude relacionado a investimentos em criptomoedas. A operação Cavalo de Troia, que teve como alvo estelionatários que atuavam pela internet, começou com uma investigação iniciada há três meses em Goiás.
De acordo com a reportagem Jornal da Record, a quadrilha invadia os perfis de redes sociais dos alvos escolhidos e publicava ofertas de investimento com promessas de alto retorno. Atraídas pelo lucro fácil, as vítimas eram direcionadas para supostas corretoras indicadas pelos estelionatários.
De acordo com a polícia, cerca de 600 perfis podem ter sido hackeados pelo grupo, já que a quadrilha buscava pessoas com muitos seguidores, com capacidade de influenciar pessoas, e que não protegiam suas contas adequadamente.
“Ele se passando pelo proprietário do perfil indicava quem seria a pessoa corretora daquela criptomoeda ou daquele investimento e direcionava para conversar com essa suposta corretora”, disse na reportagem o delegado Douglas Pereira da Costa, da Polícia Civil de Goiás (PCGO).
Durante a ação policial, foram apreendidos computadores, celulares e cerca de 80 chips dos suspeitos, que são todos jovens, com idades entre 19 e 22 anos. Isso chamou a atenção da polícia.
“O fato é que eles se encontram no crime muito cedo e desde cedo, normalmente moram com os pais e o modus operandi era o quarto deles mesmo”, comentou também o delegado Ricardo Farabulini, da Polícia Civil de SP.
Criptomoedas como isca
Os investigadores acreditam que o esquema que usava criptomoedas como isca tenha começado há mais de dois anos. Durante as investigações, descobriu-se que em um aparelho celular, pertencente a um dos investigados, já foram habilitadas 405 linhas telefônicas.
Além disso, descreve PCGO em comunicado, descobriu-se que uma das investigadas armazenava o login e senha de 590 perfis de usuários da rede social Instagram.
A operação, que cumpriu seis mandados de busca domiciliar e quatro mandados de prisão, contou com o Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (GARRA) e com o Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE), ambas instituições de São Paulo, e com agentes da Delegacia de Polícia de Rialma, Goiás.
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