Um dono de uma corretora de bitcoin que funcionou no início da história da moeda digital pode pegar 10 anos de prisão e ter de pagar mais 250 mil dólares em multas para o governo dos EUA.
De acordo com uma nota da justiça do Estado de Indiana, Maximiliano Pilipis, de 53 anos, criou uma corretora sem obter licença do governo. Assim, ele recebeu acusações de lavagem de dinheiro e crimes fiscais.
O caso piorou após o governo dos EUA indicar que ele recebeu inúmeros fundos da DeepWeb, ligados ao antigo marketplace Silk Road. Quanto a plataforma encerrou por uma operação das autoridades dos Estados Unidos em 2013, a corretora de criptomoedas de Maximiliano, a AurumXchange também encerrou seu serviço.
Acusado ganhou pelo menos 10 mil BTCs em taxas de negociações, aponta justiça
De acordo com informações divulgadas na última segunda-feira (28), pelo Gabinete do Procurador de Indiana, Maximiliano Pilipis deixou de entregar suas declarações de imposto de renda intencionalmente. Além disso, ele ainda operou uma corretora de bitcoin que pode ter operado lavagem de dinheiro.
No processo, os documentos juntados sobre o caso mostram que a AurumXchange operou um serviço online de troca de bitcoin por dólares americanos. A plataforma teria operado entre 2009 e 2013, segundo dados divulgados do processo.
Vale o destaque que o bitcoin surgiu em 2009, ou seja, é uma corretora pioneira do mercado. A acusação contra o dono da AurumXchange aponta que ele ganhou 10 mil BTCs só em taxas de negociações de usuários, mostrando um alto volume de negociações. Com a cotação do Bitcoin hoje, em R$ 408 mil, ele teria o equivalente a R$ 4 bilhões em BTC só com suas dez mil unidades.
De acordo com documentos judiciais, a AurumXchange foi usada para conduzir mais de 100.000 transações, resultando na transferência de mais de US$ 30 milhões em fundos. A Silk Road foi fechada pela polícia federal em 2013 e a Pilipis parou de operar a exchange no mesmo ano.
Em 2018, dono de corretora de bitcoin começou a converter lucros e não declarou imposto, agora pode ir para prisão
Por volta de 2018, Maximiliano começou a converter os lucros em dólares americanos, que ele investiu e gastou, incluindo suas compras de imóveis em Arcadia e Noblesville, Indiana.
Ele também supostamente obteve centenas de milhares de dólares em renda em 2019 e 2020, sem apresentar declarações de imposto de renda conforme exigido por lei.
“Combater o uso indevido criminoso de criptomoedas e outros ativos digitais é uma prioridade crítica para o Departamento de Justiça“, disse Zachary A. Myers, Procurador dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Indiana. “Juntamente com nossos parceiros na aplicação da lei federal, continuaremos a trabalhar para investigar e processar infratores que exploram ativos digitais para alimentar o tráfico de drogas e outros delitos, e aqueles que facilitam ilegalmente a transferência e lavagem dos lucros do crime.”
Se condenado, Pilipis pode pegar até 10 anos de prisão federal e uma multa de até US$ 250.000,00. Um juiz do tribunal distrital federal determinará a sentença real após considerar as Diretrizes de Sentença dos EUA e outros fatores estatutários.
Fonte: Pioneiro do Bitcoin pode pegar 10 anos de prisão por vender BTC e não declarar à Receita
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