A corrida corporativa pelo domínio do mercado de Bitcoin (BTC) tem duas protagonistas de destaque: MicroStrategy, sob a liderança visionária de Michael Saylor, e a japonesa Metaplanet. Ambas empresas adotaram abordagens inovadoras para acumular e rentabilizar suas participações na maior criptomoeda do mundo, marcando novos padrões na integração de ativos digitais no setor empresarial.
MicroStrategy: Reinando no Bitcoin sem mineração
Com um portfólio impressionante de 331.200 BTC, a MicroStrategy se estabeleceu como a maior detentora corporativa de Bitcoin. Enquanto mineradores tradicionais investem em infraestrutura cara e enfrentam altos custos operacionais, a empresa de Michael Saylor escolheu um caminho diferente: financiar suas aquisições de BTC por meio de emissão de ações e dívida.
Esse modelo, guiado pelo conceito interno de Bitcoin Yield, mede o impacto das compras de Bitcoin sobre os retornos para acionistas. Em 2024, a empresa alcançou um yield impressionante de 41,8%, resultando em um benefício líquido de 79.130 BTC para os acionistas — o equivalente ao que todos os mineradores do mundo levariam 176 dias para produzir.
Além de expandir suas reservas, a MicroStrategy planeja se tornar o primeiro “banco de Bitcoin”, oferecendo serviços como empréstimos respaldados por BTC e soluções de custódia, reforçando sua posição como pioneira na integração de criptomoedas com o setor financeiro.
Metaplanet: Aposta no crescimento com emissão de dívidas
Inspirada pela estratégia da MicroStrategy, a Metaplanet, listada na bolsa de Tóquio, anunciou a emissão de US$ 11,3 milhões em títulos para expandir sua reserva de Bitcoin. Com 1.018 BTC em sua posse, atualmente avaliados em US$ 93 milhões, a empresa vê no Bitcoin uma proteção contra a instabilidade econômica do Japão, marcada pelo enfraquecimento do iene e preocupações com a dívida nacional.
Os títulos, com vencimento em um ano e taxa de juros de 0,36%, demonstram um compromisso ousado de direcionar todos os fundos arrecadados para a compra de BTC. Paralelamente, a empresa utiliza operações de opções para maximizar seus retornos, consolidando sua estratégia de longo prazo para ampliar reservas em ativos digitais.