MicroStrategy e BlackRock: Gigantes do investimento acumulam Bitcoin, mas a volatilidade persiste.
A MicroStrategy, empresa de inteligência de negócios liderada por Michael Saylor, se tornou referência no mundo do Bitcoin. Sua agressiva estratégia de acumular BTC a transformou em uma das maiores detentoras corporativas do mundo, superando até mesmo as estimativas das reservas dos governos dos EUA e da China. Contudo, esse movimento ousado carrega riscos substanciais.
Com a recente queda do Bitcoin de sua máxima histórica de US$ 73.700 para US$ 63.000, as ações da MicroStrategy espelharam esse declínio. Os papéis sofreram uma queda impressionante de 16%, destacando a forte correlação entre os dois.
Essa volatilidade é resultado da abordagem alavancada da MicroStrategy, onde a empresa usa dívidas, principalmente notas conversíveis, para financiar suas compras de Bitcoin. Essa estratégia amplia tanto os ganhos quanto as perdas, levando a oscilações significativas no preço das ações.
Apesar dos riscos, a MicroStrategy continua atraindo investidores. Diferentemente dos ETFs de Bitcoin, as ações da empresa não incorrem em taxas de administração. Além disso, a capacidade de vender dívidas para facilitar novas compras oferece uma vantagem única.
Enquanto a empresa de Saylor ganhou as manchetes com sua recente aquisição de Bitcoin de US$ 7,53 bilhões, a BlackRock, gigante americana de investimentos, silenciosamente acumulou uma reserva maior de Bitcoin. Em 19 de março, seus produtos ETF à vista acumularam impressionantes 238.501 BTC.
A MicroStrategy atualmente ostenta um lucro não realizado de mais de US$ 6 bilhões em suas participações em Bitcoin. Entretanto, a recente queda de preço destaca a volatilidade inerente a essa estratégia. À medida que nos aproximamos do próximo halving do BTC, tanto a MicroStrategy quanto a BlackRock estarão sob análise minuciosa por sua contínua acumulação de Bitcoin.