O Bitcoin (BTC) é negociado a US$ 68.604, com leve queda de 0,3% nesta importante terça-feira (5) em que os norte-americanos vão às urnas escolher o próximo presidente em uma disputa acirrada entre Donald Trump e Kamala Harris.
Em reais, o Bitcoin também cai 1,1%, negociado por cerca de R$ 401.472, segundo dados do Índice de Preço do Bitcoin (IPB).
O recuo do Bitcoin, que na semana passada atingiu recorde de preço no Brasil ao superar R$ 418 mil e quase quebrou seu recorde em dólares, reflete a alta volatilidade esperada para a criptomoeda em meio a um evento de grande repercussão global: as eleições presidenciais na maior economia do mundo.
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Analistas apontam que a volatilidade do Bitcoin, que atingiu o maior nível em três meses na segunda (4), deve continuar alta nos próximos dias, à medida que aguardamos o resultado das eleições dos Estados Unidos, que pode levar dias para ser anunciado.
Esse clima de incerteza tende a movimentar os preços das criptomoedas no curto prazo. No entanto, a expectativa é de que, uma vez definido o vencedor, os preços voltem a subir, considerando a visão de que a mudança de governo — seja com a entrada de Trump ou Harris — trará benefícios ao mercado cripto no longo prazo.
No popular mercado de previsões Polymarket, os apostadores seguem colocando Trump na liderança, com 62,3%, em relação a Harris, que tem 37,8%. Outras pesquisas eleitorais indicam que os candidatos estão em empate técnico em todos os estados-pêndulo.
Uma pesquisa publicada pelo The New York Times em parceria com o Siena College, aponta que enquanto Harris aparece à frente em Nevada, Carolina do Norte e Wisconsin, Trump lidera no Arizona. Eles estão empatados em Michigan, Geórgia e Pensilvânia. No final, os resultados nos sete estados estão dentro da margem de erro amostral, de 3,5 pontos percentuais, o que significa que não há nenhuma liderança definitiva.
No mais, o mercado financeiro também ficará atento essa semana a reunião do FOMC, o comitê do Federal Reserve que decide a taxa de juros nos EUA, na quinta-feira (7). A expectativa é que ocorra mais um corte de juros, desta vez de 25 pontos-base, o que é positivo para ativos de risco, como criptomoedas.
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Trump ou Harris: quem o mercado cripto prefere?
A disputa entre Kamala Harris e Donald Trump até pouco tempo tinha o republicano como o preferido da indústria cripto, mas isso começou a mudar nas últimas semanas, inclusive com pessoas importantes do setor apoiando a atual vice-presidente em sua campanha.
Mesmo assim, a maioria dos analistas vê maiores chances de valorização do Bitcoin sob uma segunda gestão de Trump. A empresa de pesquisa e corretagem Bernstein projeta que a criptomoeda pode recuar para até US$ 50 mil se a democrata vencer. Diferente da previsão mais otimista com Trump, que poderia levar o BTC a quebrar sua máxima histórica de quase US$ 74 mil, chegando a US$ 80 mil ou US$ 90 mil nas próximas semanas.
No longo prazo, os analistas defendem que o Bitcoin irá subir não importa quem seja o presidente dos EUA. Para a Bernstein, a meta é um preço de US$ 200 mil para o BTC até o fim de 2025, sendo puxado principalmente pelo cenário econômico. Os impulsionadores do Bitcoin são a indisciplina fiscal dos EUA, níveis recordes de dívida e expansão monetária, aumentando a demanda por ativos tangíveis, além do sucesso dos ETFs à vista nos EUA.
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