Embora o quarto evento de “halving” do Bitcoin tenha ocorrido há mais de dois meses, suas repercussões continuaram a afetar os mineradores da criptomoeda, tornando as margens de lucro do setor mais apertadas do que nunca.
De acordo com o Hashrate Index, o “preço de hash” do Bitcoin atingiu o valor mais baixo de todos os tempos em 1º de maio, caindo para apenas US$ 44,76 por petahash/segundo (PH/s), por dia. A métrica quantifica quanto dinheiro um minerador pode esperar ganhar diariamente em um hashrate específico.
O hashrate — ou “taxa de hash” — do Bitcoin é a taxa na qual os mineradores de Bitcoin podem produzir suposições para resolver os problemas matemáticos necessários para minerar um bloco e ganhar BTC recém-criado como recompensa. Um petahash é igual a um quatrilhão de hashes.
Participar desse jogo requer equipamentos computacionais especializados e que consomem muita energia, com acesso a eletricidade barata para mantê-los funcionando. Com o tempo, à medida que a concorrência global aumenta, as margens de cada minerador diminuem, levando todas as empresas, exceto as mais eficientes, a perdas líquidas.
No dia anterior ao halving, 19 de abril, o preço diário do hash do Bitcoin era de US$ 92,20. O que se seguiu imediatamente — excluindo um breve aumento na receita de taxas impulsionado pelo projeto Runes — foi uma queda acentuada para US$ 57,53 em 25 de abril.
Desde então, o preço do hash tem aumentado e diminuído principalmente junto com o preço do Bitcoin. Com o BTC novamente em declínio neste mês, a lucratividade dos mineradores está se aproximando novamente de suas mínimas do início de maio, com um preço de hash diário de US$ 48,29.
A falta de lucratividade está afetando claramente o comportamento dos mineradores de Bitcoin. O hashrate total do Bitcoin caiu 13% em relação ao seu pico pós-halving, para apenas 564 exahashes (um quintilhão de hashes) por segundo (EH/s), indicando que muitos mineradores estão desligando suas máquinas não lucrativas.
A análise da CryptoQuant mostra que as empresas de mineração também têm descarregado mais BTC para as exchanges neste mês, sinalizando que podem precisar de dinheiro extra para cobrir seus custos. Por exemplo, a Marathon Digital, até 10 de junho, vendeu 1.400 BTC no mês em questão, em comparação com apenas 390 BTC durante todo o mês de maio.
Ainda assim, as ações dessas empresas de mineração, em geral, não parecem estar sofrendo. Embora o desempenho varie de empresa para empresa, o ETF Valkyrie Bitcoin Miners (WGMI) — que oferece exposição em todo o setor de mineração de Bitcoin — subiu 25% no último mês, atingindo uma alta de 2024 em junho. Em comparação, o Bitcoin caiu 11%, e a MicroStrategy (MSTR), grande investidora em Bitcoin, caiu 13%.
*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.
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O post Lucratividade da mineração do Bitcoin está quase na baixa histórica; por quê? apareceu primeiro em Portal do Bitcoin.