Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, o empresário de 38 anos assassinado na sexta-feira (8) no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, era jurado de morte pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) devido a uma série de desentendimentos com a facção, incluindo disputas ligadas a investimentos em criptomoedas.
Em 2022, Gritzbach recebeu US$ 100 milhões (cerca de R$ 547 milhões) do PCC para investir em criptomoedas. No entanto, ele sumiu com o dinheiro, segundo reportagem da Folha de S. Paulo.
O empresário recebeu os valores de dois homens ligados ao PCC: Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e Antônio Corona Neto, apelidado de Sem Sangue.
Depois de receber o pagamento, Gritzbach teria ordenado a execução dos dois, resultando na morte de Cara Preta e de Sem Sangue, seu motorista.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, a morte ocorreu “em razão de desavenças financeiras”. Como resultado, Gritzbach foi preso, mas libertado em junho de 2023, ao receber liberdade condicional.
Uma vez solto, o empresário começou a ser perseguido pelo PCC. No final de 2023, ele sofreu um atentado em um imóvel no Tatuapé, zona leste de São Paulo.
Paralelamente, o empresário também estava sendo investigado pela Justiça por suspeita de envolvimento em atividades de lavagem de dinheiro e financiamento de organização criminosa.
Além do caso das criptomoedas, Gritzbach teria recebido dinheiro de outro membro do PCC, Cláudio Marcos de Almeida, conhecido como “Django”, que ele usou para comprar imóveis no litoral paulista.
Posteriormente, Gritzbach firmou um acordo de delação premiada com o Ministério Público, no qual revelou supostos esquemas do PCC. O desfecho dessa história ocorreu na tarde de ontem, quando o empresário foi assassinado com tiros de fuzil no aeroporto de Guarulhos, em um ataque que deixou outros três feridos.
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