Uma rede de escalonamento de Bitcoin muito aguardada e quente foi ao ar esta semana, embora seu código seja quase indistinguível da blockchain de primeira camada (ou L1) do próprio Bitcoin. Como assim?

No último domingo, a Fractal anunciou o lançamento da mainnet de sua rede sidechain do Bitcoin. Como um tributo, a Fractal incluiu em seu bloco gênesis a mesma mensagem incorporada no primeiro bloco do Bitcoin sobre resgates bancários — atribuída ao criador pseudônimo Satoshi Nakamoto.

Apesar de um começo difícil em relação a alguns de seus comportamentos de mineração de blocos, a blockchain agora decolou com segurança em sua missão de “escalar o Bitcoin nativamente”.

“O Fractal Bitcoin é a única solução de escalonamento de Bitcoin que usa o próprio código do Bitcoin, o Bitcoin Core, para escalonar recursivamente camadas ilimitadas sobre a blockchain mais segura e mais mantida do mundo”, diz o site da Fractal.

Diferentemente de outros protocolos de escalonamento (scalers), a Fractal diz que mantém “consistência autorreplicante” com o consenso do Bitcoin. Isso significa que todas as transações e hashes da Fractal podem ser rastreadas de volta à sua fonte na blockchain principal do Bitcoin.

Além disso, manter seu código altamente consistente com a rede de primeira camada permite que grande parte da infraestrutura (incluindo carteiras, padrões de token e Ordinals) seja facilmente compatível com a Fractal também. Um dos principais contribuidores do projeto é o UniSat, um serviço de inscrição (inscription) e marketplace de Bitcoin cuja equipe já fornece suporte de infraestrutura a Fractal.

Diferenças entre Bitcoin e Fractal

Existem algumas diferenças importantes entre Bitcoin e Fractal, no entanto: o último usa tempos de bloco de 30 segundos, o que significa que as transações são liquidadas cerca de 20 vezes mais rápido. Além disso, um número ilimitado de camadas Fractal pode ser construído sobre outros fractais, com a capacidade de transação aumentando 20x com cada camada.

“As interações na rede podem aumentar ou diminuir conforme a demanda muda — elas agem como um ‘balanceador de carga de espaço de bloco’ dinâmico e reduzem o congestionamento em qualquer camada específica”, afirma o site.

Ele também tem um mecanismo de consenso exclusivo conhecido como “cadence mining” (ou mineração de cadência). Dois de três blocos são minerados nativamente na Fractal para sua moeda de taxa, a FB. 

Metade dos tokens FB foram pré-minerados com antecedência e distribuídos aos primeiros participantes do ecossistema, o que causou preocupação entre alguns membros da comunidade Bitcoin.

Um em cada três blocos Fractal é mesclado com a L1 do Bitcoin, aproveitando a segurança de prova de trabalho incomparável da criptomoeda.

Finalmente, a Fractal vem com OP_CAT ativado, um antigo opcode do Bitcoin que muitos desenvolvedores estão fazendo campanha para que seja instituído de volta na L1 do Bitcoin.

Isso habilitará vários aplicativos na Fractal, incluindo rollups ZK facilmente construíveis, aclamados pelo espaço cripto como uma solução principal para escalar blockchains e adicionar nova programabilidade ao Bitcoin.

Concluindo, a Bitcoin Virtual Machine (BVM) — uma provedora chamada de “rollups-as-a-service” do Bitcoin — planeja implementar sua infraestrutura no Fractal neste mês.

“Levaremos EVM para Fractal”, escreveu a BVM no Twitter na semana passada. “Isso significa que os desenvolvedores podem migrar seus dapps Solidity do Ethereum para Fractal com o mínimo de esforço. Basta alterar os endpoints.”

*Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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O post Fractal: Conheça a nova rede de escalabilidade do Bitcoin apareceu primeiro em Portal do Bitcoin.