Os fluxos de entrada de ETFs de Bitcoin à vista nos EUA atingiram uma alta de US$ 303 milhões em duas semanas, já que o preço do Bitcoin ultrapassou os US$ 66 mil.
De acordo com dados da Farside Investors, todos os ETFs de Bitcoin à vista dos EUA — exceto o iShares Bitcoin Trust (IBIT) da BlackRock — registraram entradas em 15 de maio, com o IBIT registrando zero entradas ou saídas pelo terceiro dia consecutivo. O FBTC da Fidelity liderou a carga com entradas de US$ 131,3 milhões, enquanto o GBTC da Grayscale teve seu primeiro dia de entradas em uma semana, atraindo US$ 27 milhões.
Os influxos dos ETFs ocorreram quando o preço do Bitcoin subiu, após um relatório de quarta-feira (15) da Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos Estados Unidos mostrando que a inflação havia diminuído ligeiramente em abril.
Esta semana, os registros trimestrais 13F junto à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) revelaram que os investidores institucionais compraram ETFs de Bitcoin à vista.
Entre eles estão o fundo de hedge de US$ 64 bilhões Millennium Management, que possui participações de quase US$ 2 bilhões em ETFs de Bitcoin entre IBIT, FBTC, GBTC, ARKB da Ark Invest e BITB da Bitwise; o Elliot Capital, que possui US$ 12 milhões em IBIT; e o Apollo Management Holdings, que possui mais de US$ 53 milhões em ARKB.
Além disso, o Conselho de Investimentos do Estado de Wisconsin tornou-se um dos primeiros fundos de pensão públicos dos EUA a alocar uma parte de suas participações em ETFs de Bitcoin. O Conselho revelou em um registro 13F que havia investido US$ 163 milhões (cerca de R$ 510 milhões) em ETFs de Bitcoin, em um milhão de ações do GBTC, totalizando US$ 63,7 milhões, e 2,5 milhões de ações do IBIT, no valor de US$ 99,2 milhões.
O registro 13F é um relatório trimestral feito por grandes fundos de hedge e gerentes de investimento que detalha como eles alocaram seus ativos. Os relatórios são apresentados à SEC 45 dias após o final de cada trimestre.
No início deste mês, o vice-presidente da Fidelity Digital Assets, Manuel Nordeste, revelou que os planos de benefícios definidos e outros fundos de pensão “estão apenas começando a conversar com seus comitês de investimento”, em um evento em Londres. Em março, um projeto de lei apresentado ao senado do estado do Arizona visava incentivar a carteira de planos de aposentadoria do estado para funcionários públicos a incluir ETFs de Bitcoin.
O projeto de lei indicava que o Sistema de Aposentadoria do Estado do Arizona deveria “monitorar de perto os desenvolvimentos dos ETFs de Bitcoin e outros ETFs de ativos digitais e considerar as implicações da inclusão desses ativos em suas carteiras de investimento”.
*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.
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