O iShares Bitcoin Trust (IBIT) da BlackRock estabeleceu um novo recorde para sua maior captação diária desde que foi lançado em janeiro, à medida que a demanda por ETFs de Bitcoin à vista dos EUA experimenta um aumento na atividade de negociação em meio ao aumento do interesse dos investidores.

O IBIT obteve um total de US$ 1,12 bilhão na quinta-feira (7), superando seu recorde anterior de 30 de outubro de US$ 872 milhões, segundo os dados do SoSoValue.

O fundo, que emergiu como uma força dominante entre seus outros 10 rivais, tem um valor líquido de ativos de US$ 34,2 bilhões, reforçado pelo valor elevado do Bitcoin.

“Estamos em um cenário perfeito de equilíbrio neste momento de flexibilização monetária, certeza política e dados robustos dos EUA”, disse Pav Hundal, principal analista de mercado da exchange de criptomoedas Swyftx, ao Decrypt. “O capital está em toda parte e, neste momento, está inundando os ETFs em uma velocidade extraordinária.”

O interesse dos investidores na maior criptomoeda do mundo está em uma alta histórica, o que levou o ativo digital a atingir níveis recordes, acima de US$ 76.870, em meio ao aumento da atividade entre altcoins e memecoins.

“Os ETFs estão acumulando Bitcoin mais rápido do que ele pode ser criado, por um fator de dois para um”, acrescentou Hundal. “Mais cedo ou mais tarde, isso se transformará em um grande aumento dos criptoativos. Provavelmente mais cedo.”

Isso ocorre no momento em que o IBIT registrou um recorde de US$ 4 bilhões em volume de negociação na quarta-feira (6), superando amplamente seu rival mais próximo, a Fidelity, depois que o presidente eleito Donald Trump garantiu um segundo mandato como 47º presidente dos Estados Unidos.

A vitória de Trump na Casa Branca é vista por muitos no setor como um benefício para os ativos digitais. Ele prometeu proteger os interesses da mineração de criptomoedas, estabelecer uma reserva de Bitcoin e introduzir políticas favoráveis.

A ascensão do IBIT como um dos principais ETFs de Bitcoin ocorre em meio à mudança de opinião sobre investimentos institucionais em criptoativos. O fundo tem mantido entradas constantes desde o início, enquanto o concorrente GBTC da Grayscale — o segundo maior em ativos líquidos, com US$ 16,8 bilhões — tem enfrentado saídas negativas devido às suas altas taxas.

A BlackRock cobra uma taxa de 0,25%, dispensada até janeiro, enquanto o GBTC cobra uma taxa significativamente mais alta, de 1,5%. O FBTC da Fidelity, por sua vez, também cobra 0,25%, embora sua isenção tenha terminado em julho.

*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.

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