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Copia de Contra Capa 6

Nesta quarta-feira, o mercado financeiro global responde à vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos, levando o dólar a uma valorização expressiva em relação a várias moedas, inclusive o real. Em contraste, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, apresenta queda, refletindo a incerteza dos investidores sobre o impacto das políticas protecionistas e expansionistas prometidas por Trump.

Efeitos globais e no Brasil da alta do dólar

Após a confirmação da vitória republicana, o dólar comercial subiu cerca de 0,45%, chegando a R$ 5,7723 ao meio-dia e tocando uma máxima de R$ 5,8619. Esse aumento reflete a expectativa de que o novo governo dos EUA adote medidas protecionistas, especialmente contra importações e exportações de tecnologia para a China, o que influencia o comércio global. A alta foi impulsionada pela política de Trump, que busca restringir o comércio internacional em prol do mercado interno, o que pode gerar inflação e levar o Federal Reserve a elevar as taxas de juros.

A possibilidade de juros maiores torna os títulos públicos americanos (Treasuries) mais atraentes para investidores, que buscam segurança e rendimento, gerando uma migração de capital global para os EUA e fortalecendo o dólar.

Ibovespa em queda

O Ibovespa, por sua vez, recuava 1,17% no mesmo horário, ficando em 129.165 pontos. A queda ocorre em meio a uma perspectiva de maior isolamento dos EUA em relação ao comércio global, o que pode impactar exportadores brasileiros, especialmente no setor de commodities. Além disso, as políticas de Trump podem afetar diretamente a economia brasileira, pois sanções contra a China — grande parceira comercial do Brasil — podem indiretamente reduzir a demanda por produtos brasileiros e pressionar a balança comercial.

Cenário interno: Copom e taxa selic

No Brasil, o mercado também monitora a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve decidir sobre a taxa Selic. A expectativa é de um aumento de 0,50 ponto percentual, elevando a taxa para 11,25% ao ano. Com juros mais altos, os títulos brasileiros tornam-se mais atraentes para investidores internacionais, o que tende a suavizar a pressão sobre o dólar e fortalecer o real.

Contudo, como destaca o analista William Castro Alves, a alta do dólar pode estar sendo moderada pelo fato de que a vitória de Trump já era amplamente antecipada pelo mercado, reduzindo parte do impacto inicial.

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