A quantidade de criptomoedas que a massa falida da Mt. Gox vai colocar no mercado é uma ameaça muito maior para o preço do Bitcoin Cash (BCH) do que para o Bitcoin (BTC). A análise foi feita por Peter Chung, chefe de pesquisa da firma de análises financeiras Presto Labs.
Os pagamentos da Mt. Gox são da ordem US$ 9,5 bilhões em Bitcoin e US$ 73 milhões em Bitcoin Cash. Mas a chave está em olhar para os volumes de cada ativo negociados diariamente e qual a proporção que os pagamentos da corretora falida representam nessa média.
“Nossa análise mostra que a pressão de venda para BCH será quatro vezes maior do que para BTC: 24% do valor diário de negociação para BCH vs. 6% do valor diário de negociação para BTC”, escreveu Chung em uma nota no Linkedin, apontando que o valor diário de negociação do BCH é 1/50 do BTC.
Ou seja: os US$ 73 milhões de Bitcoin Cash são 24% do volume diário de compra e venda do ativo, que totaliza US$ 308 milhões; já os US$ 9,5 bilhões em Bitcoin representam apenas 6% do volume transacionado diariamente em BTC.
Chung deu uma entrevista ao portal CoinDesk, na qual citou que os detentores de Bitcoin vindos da Mt. Gox não devem sair vendendo assim que receberem os ativos. Isso porque esses clientes já poderiam ter vendido seus direitos no mercado de compra e venda de créditos falimentares.
“Credores com mãos fracas tiveram muitas chances de sair nos últimos dez anos devido às ofertas agressivas dos fundos de reivindicações, então podemos assumir com segurança que o grupo atual de credores consiste em entusiastas de BTC com mãos de diamante”, disse Chung.
Por outro lado, ele afirma que os que receberem Bitcoin Cash irão encarar isso como um airdrop e vender imediatamente. “Os credores são alheios à causa do BCH”, concluiu.
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