A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) deu sinal verde para a B3, a bolsa de valores do Brasil, oferecer contrato futuro de Bitcoin (BIT) em seu leque de ofertas. O movimento, considerado histórico, coloca a B3 na vanguarda do mercado financeiro ao abraçar a revolução do Bitcoin, moeda digital que vem crescendo em relevância e aceitação global.
A expectativa é que o contrato futuro de Bitcoin esteja disponível ao mercado já em abril, precisamente no dia 17, marcando um momento importante na fusão entre finanças tradicionais e digitais no Brasil.
Até agora, a B3 já disponibilizava 14 ETFs e BDRs de ETFs focados no universo cripto, evidenciando um apetite crescente dos investidores por tais ativos.
Com a introdução dos Futuros de Bitcoin, a bolsa brasileira proporciona aos investidores uma ferramenta adicional para gerenciamento de risco e exposição ao Bitcoin em um ambiente regulado.
Contrato futuro de Bitcoin será lançado em abril na B3
Felipe Gonçalves, superintendente de Produtos de Juros e Moedas da B3, ressaltou o compromisso da bolsa em diversificar e enriquecer o mercado de criptoativos, oferecendo aos investidores diversas formas de estratégia.
A citação de Gonçalves destaca a importância de atender às demandas do mercado por produtos derivativos que permitam a proteção contra a volatilidade do Bitcoin, ao mesmo tempo em que se oferece a possibilidade de se beneficiar dessa mesma oscilação.
De acordo com comunicado emitido à imprensa, o contrato futuro de Bitcoin da B3 será baseado no índice Nasdaq Bitcoin Reference Price (NQBTC), com cada contrato representando 0,1 bitcoin, o que equivale a 10% do valor da criptomoeda em reais.
Uma característica importante desses contratos é que eles têm liquidação exclusivamente financeira, o que significa que não envolvem a compra ou venda física de Bitcoin, mas sim operações baseadas na variação de preço da criptomoeda.
Para atrair liquidez e estabilidade ao preço de lançamento, a B3 contará inicialmente com a presença de formadores de mercado, essenciais para a confiança e eficácia na formação de preços no ambiente de negociação.
A dinâmica de negociação destes contratos futuros inclui a exigência de uma margem mínima de R$ 100 por contrato para investidores de varejo, e ajustes diários de preço, refletindo a volatilidade do ativo subjacente até a data de vencimento do contrato, que ocorre na última sexta-feira de cada mês.
Bitcoin não pode mais ser ignorado
Vale lembrar que a chegada do Futuro de Bitcoin na B3 não é um evento isolado, mas sim parte de uma tendência maior de incorporação de ativos digitais no mercado financeiro regulado.
Desde abril de 2021, a B3 tem expandido sua oferta de produtos ligados a ativos digitais, evidenciado pela existência de 13 ETFs de criptoativos e o recente lançamento do BDR de ETF iShares Bitcoin Trust (IBIT39), que segue o desempenho do preço do Bitcoin.
A aprovação do contrato é um marco para o mercado financeiro brasileiro, reforçando a posição da B3 como uma entidade que busca integrar o dinâmico mercado de criptomoedas ao sistema financeiro tradicional.
A operação de contratos futuros, além de ser uma ferramenta de hedge contra a volatilidade dos preços, oferece aos investidores a chance de especular sobre o futuro valor dos ativos, com a proteção e a segurança oferecidas por um ambiente de negociação regulado.
A provação, portanto, atende à crescente demanda por produtos financeiros relacionados a criptomoedas e destaca o potencial dos ativos digitais para se integrarem ao ecossistema financeiro de forma mais ampla.
Fonte: CVM aprova lançamento de contrato futuro de Bitcoin pela B3
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