A Circle, empresa de tecnologia financeira, anunciou nesta terça-feira (17) que sua stablecoin USDC já está disponível nos sistemas de pagamento do Brasil para transferências com Real (BRL). USDC é a segunda maior stablecoin do mercado de criptomoedas, com US$ 35,7 bilhões de capitalização (cerca de R$ 200 bilhões).

“O USDC agora está disponível no Brasil e no México por meio de sistemas de pagamento nacionais em tempo real — representando um marco importante — por meio de integrações com bancos líderes nesses países”, disse a empresa em um comunicado de hoje.

De acordo com a Circle, as empresas agora podem acessar o USDC diretamente de instituições financeiras para seus próprios propósitos, como uma opção para clientes de varejo, por exemplo, “sem precisar transferir fundos para um banco no exterior”. 

USDC via Pix

Isso significa que a Circle agora suporta transferências bancárias locais via Pix no Brasil, e via SPEI no México, o que, segundo a empresa,  elimina a necessidade de transferências internacionais e reduz tanto o custo quanto o tempo de processamento.

Segundo a empresa, as stablecoins são normalmente muito mais econômicas do que as remessas tradicionais, que custam em média 6,35% do valor nominal.

“A Circle oferece acesso ao USDC diretamente de Reais Brasileiros (BRL) e Pesos Mexicanos (MXN) a taxas competitivas, evitando assim a necessidade de converter moeda fiduciária local para USD antes de acessar o USDC”, ressalta a empresa.

A Circle descreve o volume de transações com dólar no Brasil como um atrativos para lançar a iniciativa no país: “No Brasil, 95% dos US$ 640 bilhões em comércio exterior anual de bens do país ocorrem em dólares, com o comércio direto entre os EUA e o Brasil totalizando aproximadamente US$ 120 bilhões por ano”.

Sobre o México, a Circle afirmou que o país está entre os maiores parceiros comerciais dos Estados Unidos, e que os governos movimentam mais de US$ 800 bilhões em comércio anual de bens e serviços.

A iniciativa da Circle para o Brasil foi anunciada em maio deste ano, quando a empresa prometeu lançar uma opção para que o mercado brasileiro pudesse acessar de forma mais rápida a USDC.

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