A China, segunda maior economia do mundo, anunciou nesta segunda-feira (23) que está tomando diversas medidas para estimular sua economia. O destaque fica para um corte de 0,5% na Taxa de Reserva Obrigatória (RRR) que poderá introduzir 1 trilhão de yuans no mercado, bem como outros estímulos ao setor imobiliário.
Em palavras mais simples, isso significa que haverá mais dinheiro circulando na economia, que deverá fluir investimentos em ações, metais e até mesmo criptomoedas, mesmo banidas no país.
O anúncio já teve impacto no mercado acionário. O CSI 300, índice que reúne as 300 maiores empresas da China, opera em alta de 4,33%.
Mudanças na política monetária da China também devem impactar o Bitcoin
O Bitcoin teve uma grande valorização nos últimos dias após o Fed realizar um corte de 0,5% na taxa de juros na semana passada. Embora os estímulos do Banco Central da China ainda não tenham impactado o Bitcoin, há bons motivos para acreditar que isso aconteça em breve.
Isso porque a China é a segunda maior economia do mundo, ficando atrás justamente dos EUA.
Pan Gongsheng, diretor do Banco Central da China, afirmou que os novos estímulos devem fornecer cerca de 1 trilhão de yuans (R$ 776 bilhões) através da Razão de Reserva Obrigatória (RRR).
Além disso, também houve cortes em diversas taxas, desde taxa de recompra reversa de 7 dias até a taxa preferencial de empréstimo de 5 anos. O setor que mais foi apoiado foi o imobiliário, tendo diversos benefícios.
“A China precisa de um ambiente de taxas mais baixas para aumentar a confiança”, disse Pan, afirmando que elas podem cair ainda mais esse ano, dependendo da liquidez do mercado.
Os estímulos estão sendo vistos como os mais agressivos desde a crise de saúdee em 2020.
Mesmo que as criptomoedas estejam banidas na China, vale lembrar que Hong Kong possui ETFs de Bitcoin e Ethereum, lançados em abril deste ano, podendo ser um caminho até esse mercado.
Outro ponto é que as duas maiores economias do mundo estão caminhando na mesma direção. Portanto, isso significa que outros países devem cortar taxas de juros.
Com mais dinheiro circulando na economia, a tendência é que investidores busquem opções de renda variável para, ao menos, vencer a inflação. Dentre elas estariam ações, metais e criptomoedas.
Enquanto o ouro é negociado a US$ 2.644, seu maior preço da história, o Bitcoin segue firme acima dos US$ 63.000 nesta terça-feira (24), mas ainda longe do seu topo de US$ 73.800 registado em março desse ano.
Fonte: China segue passos dos EUA e pode desencadear grande alta do Bitcoin
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