O Brasil se mantém em 2024 como um dos países com maior adoção de criptomoedas no mundo, segundo uma nova pesquisa da empresa Triple-A, com 17,5% da população nacional usando ativos digitais.
Com isso, o Brasil fica atrás apenas de Emirados Árabes (25,3%), Singapura (24,4%), Turquia (19,3%), Argentina (18,9%) e Tailândia (17,6%), como países com maior parte da população que usa criptomoedas.
De acordo com a Triple-A, 562 milhões de pessoas ao redor do mundo possuem moedas digitais de algum tipo até o primeiro trimestre deste ano, uma alta de quase 34% sobre os 420 milhões que usavam em 2023. Ou seja, hoje, 6,8% da população global possui e utiliza criptomoedas.
Confira abaixo os 30 países com maior adoção de criptomoedas pela população:
Os analistas da Triple-A destacam que a Ásia lidera o aumento da adoção de cripto, com o número de pessoas subindo de 268,2 milhões para 326,8 milhões entre 2023 e 2024, um aumento de 21,8%. “Este crescimento destaca o papel significativo da Ásia na formação o cenário da moeda digital”, diz o relatório.
Já a América do Norte fica em segundo lugar, com 72,2 milhões de pessoas, contra 52,1 milhões no ano passado, seguido pela América do Sul, que registrou um aumento expressivo de 116,5% desde o ano passado, com a adoção passando de 25,5 milhões de pessoas para 55,2 milhões.
A Europa também chamou atenção com um aumento de 60,3% na adoção, chegando a 49,2 milhões de pessoas, contra 30,7 milhões em 2023. A África viu um aumento de 8,5%, para 43,5 milhões, enquanto a Oceania registrou um forte avanço na adoção de 114,3%, chegando a 3 milhões de pessoas.
“No geral, a adoção global de criptomoedas está aumentando, com um crescimento significativo observado em todos os continentes. Este aumento generalizado destaca o papel crescente das moedas digitais no ecossistema financeiro global”, diz a Triple-A.
Homens entre 25 e 34 anos são maioria dos investidores
A pesquisa mostra ainda que 61% dos donos de criptomoedas no mundo são homens, e 39% são mulheres, sendo a faixa etária entre 25 e 34 anos a maior fatia, com 34%.
Na sequência fica o grupo entre 35 e 44 anos, com 31% do total, seguido pelos mais jovens, de 18 a 24 anos, faixa em que também a diferença entre a quantidade de homens e mulheres donos de criptos é a menor, apenas 2%.
Pagamentos com criptomoedas
Em um outro trecho do relatório, 65% dos 7 mil participantes da pesquisa disseram que queriam poder realizar pagamentos com criptomoedas. Foram entrevistadas pessoas em sete países: Argentina, Brasil, México, EUA, Hong Kong, Canadá e Emirados Árabes Unidos.
Desse grupo que quer pagar com cripto, 80% gostariam de comprar bens de consumo diário com moedas digitais. Outros 70% querem poder usar criptos para pagarem por viagens, hospedagem e aluguéis.
Apareceram na lista ainda as categorias de imóveis e serviços do governo (45%), entretenimento (44%) e bens de luxo e alto valor (32%).
Sobre os hábitos de consumo, a pesquisa ainda mostra que 55% dos entrevistados escolheriam comprar em uma loja que aceitasse criptomoedas como pagamento do que em uma que não aceite.
Diante disso, 56% disseram que comprariam com mais frequência e 43% gastariam mais em lojas que aceitam criptomoedas.
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