Recentemente, carteiras de Bitcoin que estavam inativas por mais de uma década voltaram à atividade, chamando a atenção do mercado. Uma dessas carteiras, que não registrava transações desde 2011, movimentou 23 BTC, equivalentes a aproximadamente $1,35 milhão. Esse fenômeno faz parte de uma tendência crescente de reativação de carteiras antigas, o que levanta questões sobre o comportamento dos primeiros detentores de BTC e o impacto dessas movimentações no mercado atual.
Retorno de carteiras de Bitcoin
A ativação de carteiras antigas, como a que continha 23 BTC, ocorre em meio a um cenário de volatilidade no mercado de criptomoedas. Nos últimos meses, várias carteiras que estavam inativas há mais de 11 anos foram reativadas. Por exemplo, uma carteira contendo 100 BTC (cerca de $5,94 milhões) foi reativada recentemente, e outra com 25 BTC ($1,58 milhão) também voltou à atividade após anos de dormência. Esses eventos indicam que detentores de longo prazo podem estar ajustando suas estratégias em resposta às flutuações atuais do mercado.
Essas carteiras raras têm uma ligação histórica com os primeiros dias do Bitcoin, quando seu criador pseudônimo, Satoshi Nakamoto, ainda estava ativo. A reativação dessas carteiras antigas ocorre em um contexto onde Nakamoto, em seus últimos e-mails públicos em 2011, afirmou que o Bitcoin estava “em boas mãos”, indicando um momento de transição para a comunidade.
BTC saindo das exchanges
Além das reativações de carteiras, o mercado também observa movimentos significativos de Bitcoin saindo das exchanges. Nos últimos dias, cerca de 40.000 BTC (aproximadamente $2,4 bilhões) foram retirados das plataformas de negociação. Esses grandes saques sugerem que investidores institucionais estão aproveitando as quedas nos preços do BTC para acumular mais ativos, sinalizando uma possível confiança no futuro da criptomoeda.
Essa movimentação coincide com o declínio do preço de Bitcoin, que caiu de $61.000 para cerca de $59.400. Contudo, analistas acreditam que esses saques refletem uma estratégia de acumulação de longo prazo, que pode resultar em uma recuperação significativa do preço do BTC nas próximas semanas.
A queda nas reservas de Bitcoin nas exchanges tem sido uma tendência constante este ano, com os investidores preferindo armazenar seus ativos em carteiras frias, longe do alcance imediato para negociação. Isso indica uma postura mais otimista, na qual investidores esperam uma valorização futura. Com menos Bitcoin disponível para venda nas exchanges e uma demanda potencialmente crescente, o cenário pode favorecer um mercado de alta.