O preço do Bitcoin tem dado um show de volatilidade recentemente, oscilando devido a uma complexa interação de dados econômicos, ações institucionais e sentimento dos investidores.
Ação recente do preço do Bitcoin
O Bitcoin despencou para uma mínima de vários meses perto de US$ 54.000 em 5 de julho. Essa queda foi atribuída a dois fatores principais:
Distribuição de BTC pela Mt. Gox: A tão esperada distribuição de BTC da exchange falida Mt. Gox finalmente começou, injetando uma grande quantidade de criptomoedas no mercado e pressionando o preço para baixo.
Vendas do governo alemão: O governo alemão, que apreendeu uma quantidade significativa de Bitcoin em investigações criminais, começou a vender parte de seus holdings, aumentando a pressão de venda.
Seguiu-se então uma breve recuperação, elevando o preço para acima de US$ 59.000. Essa alta provavelmente foi impulsionada por traders de curto prazo aproveitando a queda e por alguns investidores que viram o preço baixo como uma oportunidade de compra. Contudo, a resistência surgiu perto de US$ 60.000, indicando que os vendedores ainda estavam ativos nessa faixa de preço.
Arrefecimento da inflação
A maré pode estar mudando. A notícia de dados de inflação dos EUA abaixo do esperado (3% contra estimativa de 3,1%) em 11 de julho gerou otimismo para uma possível alta do Bitcoin. Isso porque, tradicionalmente, a alta inflação leva os bancos centrais a aumentar as taxas de juros para conter a inflação. Por outro lado, a inflação mais baixa permite políticas monetárias mais acomodatícias, podendo levar a um aumento do investimento em ativos de risco como o Bitcoin.
Se os investidores perceberem que a inflação está corroendo o valor de ativos tradicionais como ações e títulos, eles podem recorrer ao BTC e outras criptomoedas como uma proteção contra a inflação.
Os dados de inflação mais baixa levantam a especulação de um possível corte de taxas pelo Federal Reserve dos EUA em setembro. Isso poderia beneficiar ainda mais o Bitcoin, conforme discutido anteriormente.