Os comentários nas redes sociais estão longe de ser eufóricos como foram após as eleições dos EUA.
Após uma semana de consolidação com algumas correções abaixo de US$ 90 mil, a alta do bitcoin foi retomada ontem, e o ativo alcançou um novo pico, pouco acima de US$ 94 mil.
Dados on-chain e sociais indicam que a alta do ativo pode estar longe de terminar, levantando a questão: será que ele tem força para atingir o tão esperado nível de US$ 100 mil?
O que impulsionou o novo recorde histórico do BTC?
Ontem, o CryptoPotato relatou o aumento no preço do BTC que o levou a US$ 94 mil, mas, minutos depois, o ativo subiu ainda mais, alcançando US$ 94.040 (segundo o CoinGecko), que agora é sua máxima histórica. Muitos especialistas sugeriram que as razões principais para esse aumento estão relacionadas aos ETFs baseados nos Estados Unidos.
Por um lado, os ETFs de bitcoin à vista continuam a apresentar uma enorme demanda, com mais de US$ 1 bilhão em entradas líquidas nos dois primeiros dias da semana útil. Por outro lado, o lançamento do BlackRock iShares Bitcoin Trust (IBIT) ontem também gerou volumes significativos. O especialista em ETFs da Bloomberg, James Seyffart, comentou: “Essas opções foram quase certamente parte do movimento para as novas máximas históricas do bitcoin hoje.”
Sobre a possibilidade de o BTC continuar subindo, a Santiment publicou um gráfico mostrando que os níveis atuais de FOMO (medo de ficar de fora) estão longe de alcançar a euforia registrada após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA há duas semanas.
Em geral, altos níveis de FOMO levam a correções, como aconteceu na semana passada, mas o cenário parece muito mais saudável agora.
A nova máxima histórica do bitcoin agora é de US$ 94.002, e os comentários nas redes sociais podem ser descritos como mornos, no máximo. A ausência de euforia é um sinal encorajador, já que o FOMO geralmente resulta em correções. Enquanto houver descrença entre os traders de varejo, as baleias podem… — Santiment (@santimentfeed).
Um cenário mais saudável
Mesmo antes do pico do BTC e da confirmação do FOMO fraco, a plataforma de análises observou que os indicadores de longo prazo para o bitcoin e o restante do mercado parecem “bastante sólidos”.
Isso é demonstrado pela linha de “Idade Média de Investimento em Dólares”. Esse indicador está em declínio, mostrando que a “idade média de todos os tokens parados nas mesmas carteiras está ficando mais ‘jovem’.”
“Em qualquer mercado de alta de longo prazo, é necessário que moedas antigas e inativas continuem entrando de volta em circulação. Este foi o caso mais evidente desde que o fluxo inicial de moedas de baleias paradas começou a se mover de forma agressiva em outubro de 2020.” – concluiu a Santiment.