O Bitcoin (BTC) opera em alta de 2% na manhã desta quinta-feira (7), sendo negociado a US$ 75.012. A criptomoeda estabeleceu uma nova máxima histórica na noite de ontem (6), alcançando o valor de US$ 76.243.
Em reais, o BTC está sendo negociado atualmente a R$ 424.904, abaixo do recorde de preço também renovado ontem, de R$ 434,2 mil, segundo dados do Índice de Preço do Bitcoin (IPB).
Na tarde passada, investidores ficaram confusos com relação ao preço do Bitcoin após o Google ter exibido cotações incorretas em seus gráficos durante algumas horas. Ao buscar por “Bitcoin” na plataforma, usuários se depararam com valores inflacionados para a criptomoeda, que indicavam que ela havia atingido preços tão altos quanto R$ 456 mil — na realidade, o recorde do BTC foi R$ 434 mil.
Desde então, o Google retirou o gráfico do Bitcoin do resultado das buscas pela criptomoeda, algo que também fez com o dólar.
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Entre as razões que levaram ao aumento expressivo de preço do Bitcoin, a principal foi a escolha dos norte-americanos em eleger Donald Trump como o novo presidente dos EUA. Ao longo da campanha, Trump adotou o papel de candidato pró-cripto, fazendo uma série de promessas para a indústria, como a de não vender o Bitcoin em posse do governo, e até mesmo demitir o presidente da SEC, Gary Gensler.
De modo geral, a expectativa com a volta de Trump ao poder é de que a pressão regulatória sobre o setor cripto nos EUA diminua, criando espaço para uma regulamentação mais favorável aos interesses da indústria.
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O otimismo dos investidores em relação ao preço do Bitcoin refletiu também os ETFs de Bitcoin à vista negociados nos EUA. Ontem, o IBIT da BlackRock surpreendeu ao captar US$ 1 bilhão em apenas 20 minutos após a abertura do mercado.
Ao longo do dia, o ETF da BlackRock registrou um volume de negociação de US$ 4,1 bilhões, um novo recorde. “Para contextualizar, esse é mais volume do que ações como Berkshire, Netflix ou Visa tiveram hoje”, comparou o analista de ETF da Bloomberg, Eric Balchunas, no X.
Já o volume total de negociação nos 12 ETFs de Bitcoin disponíveis nos EUA foi de US$ 6 bilhões, com entradas líquidas ficando por volta de US$ 621 milhões. Metade desse valor foi parar no ETF da Fidelity, FBTC, segundo dados da plataforma Sosovalue.
Dia de decisão de juros nos EUA
Com o fim da eleição presidencial nos EUA, todos os olhos do mercado agora se voltam para o Federal Reserve, que nesta quinta-feira se reúne para decidir a taxa de juros do país.
A expectativa é que a reunião de hoje resulte em um novo corte de juros de 25 pontos-base, o que tende a ser positivo para ativos de risco, como criptomoedas.
Pav Hundal, analista-chefe de mercado da exchange de criptomoedas Swyftx, disse ao Decrypt que a decisão do Fed tem “toda chance de ser mais impactante para o Bitcoin do que o resultado da eleição dos EUA”.
Taxas de juros mais baixas reduzem os custos de empréstimos, aumentam o consumo e tornam investimentos tradicionalmente mais seguros, como títulos, menos atraentes, levando investidores a buscarem ativos mais arriscados para obter retornos maiores.
“O mercado já está se reposicionando para o Bitcoin. Um corte de 25 pontos-base ou maior apenas acelerará esse movimento e tornará um preço de seis dígitos para o Bitcoin até o final do ano um cenário ainda mais provável”, concluiu o analista.
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