A dificuldade de mineração do Bitcoin atingiu uma alta histórica de 101,65 trilhões na segunda-feira (4) após o hashrate — valor de poder computacional dedicado a rede) atingir um pico de 755 EH/s (hexahashes) de média móvel no período de sete dias.
“Isso causou um estouro — nunca imaginamos que ultrapassaria 100.000.000.000.000 nos velhos tempos. Os fundamentos da rede BTC continuam atingindo novas máximas históricas todos os dias, independentemente da ação do preço”, postou no X o CEO da CryptoQuant, Ki Young Ju.
A dificuldade de mineração é a unidade de medida no processo de mineração e representa o poder computacional necessário para minerar um bloco de Bitcoin. Quanto maior a dificuldade, mais poder computacional é preciso para solucionar um bloco.
No final de outubro, o hashrate aumentou quase 12% em um dia, um dos maiores aumentos do ano até o momento, de acordo com dados da Glassnode. Este ano, a dificuldade foi ajustada 23 vezes e quase 60% das vezes houve um ajuste positivo, o que torna o processo de mineração mais difícil.
Uma maior dificuldade significa que máquinas mais avançadas, mais computadores e mais energia podem ser necessárias para produzir a mesma quantidade de Bitcoin, o que dificulta a atividade para os pequenos mineradores.
Mineração de BTC extremamente competitiva
Como a mineração é um setor extremamente competitivo, empresas menores ou privadas, cujo acesso a dinheiro pode ser mais limitado do que seus rivais de capital aberto, podem precisar vender sua produção de Bitcoin para financiar suas operações.
De acordo com um relatório da CryptoQuant, o atual hashrate da rede do Bitcoin mostra que mais máquinas de mineração aderiram à onda, gerando competição no ecossistema.
“À medida que a dificuldade aumenta, maior poder computacional é necessário para processar transações, aumentando os custos de mineração. Com o valor do Bitcoin em ascensão, a competição de mineração se intensificou, apresentando desafios para a indústria”, disse a empresa em seu relatório.
Preço do Bitcoin
Nesta manhã de terça-feira (5), dia em que os norte-americanos vão às urnas escolher o próximo presidente dos EUA, o preço do Bitcoin se mantém estável, sendo negociado a US$ 68.835. Em reais, o Bitcoin cai 0,89%, negociado por cerca de R$ 399.961, segundo dados do Índice de Preço do Bitcoin (IPB).
O recuo do Bitcoin, que na semana passada atingiu recorde de preço no Brasil ao superar R$ 418 mil e quase quebrou seu recorde em dólares, reflete a alta volatilidade esperada para a criptomoeda em meio a um evento de grande repercussão global: as eleições presidenciais na maior economia do mundo.
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