O mercado de criptomoedas no Brasil mostrou sinais de recuperação e crescimento no primeiro trimestre de 2024, com um aumento de 48,4% nas transações institucionais, comparado ao quarto trimestre de 2023. Os dados são relatório sobre o setor cripto na América Latina feito pela Chainalysis e divulgado nesta quarta-feira (8).
São consideradas transações institucionais as operações com valor igual ou maior que US$ 1 milhão. De acordo com André Portilho, chefe de ativos digitais do BTG Pactual, o fortalecimento do mercado de criptomoedas no Brasil está relacionado à maturidade do mercado e à consolidação de ativos como Bitcoin e Ethereum como opções de investimento reconhecidas.
“Os investidores estão cada vez mais integrando ativos digitais às suas estratégias de alocação de ativos, visualizando-os como investimentos alternativos que oferecem retornos potencialmente maiores”, explica Portilho em análise feita para o estudo.
O executivo ainda ressalta que a recuperação da atividade institucional em criptoativos no Brasil pode ser “parcialmente atribuída à evolução regulatória e à entrada de instituições americanas no mercado de criptomoedas, especialmente com a introdução dos ETFs de Bitcoin e Ethereum”.
O gráfico abaixo mostra como as chamadas transações institucionais cresceram entre o último trimestre de 2023 e o primeiro deste ano:
Bitcoin lidera crescimento no Brasil
Um dos dados mais marcantes do estudo é o aumento significativo no volume de transações de Bitcoin entre setembro de 2023 e março de 2024. Esse salto está associado, em parte, à aprovação dos ETFs de Bitcoin pela SEC em janeiro de 2024, que facilitou o acesso de investidores institucionais ao ativo.
Durante esse período, o preço do Bitcoin quase dobrou, o que provavelmente impulsionou ainda mais o volume de negociações no país.
Entretanto, é interessante notar que, enquanto o volume de Bitcoin recebido pelos brasileiros em exchanges globais é superior ao de exchanges locais, estas últimas têm apresentado um crescimento expressivo nas transações com stablecoins.
Stablecoins: o destaque das exchanges locais
As stablecoins, atreladas ao valor do dólar americano, estão cada vez mais populares entre os brasileiros. No último ano, o valor transacionado em stablecoins nas exchanges locais aumentou em 207,7%, superando o crescimento de Bitcoin, Ethereum e altcoins.
O uso de stablecoins tem sido particularmente forte em transações entre empresas (B2B, no jargão técnico) para pagamentos internacionais, o que evidencia seu potencial em operações comerciais.
O estudo mostra que as stablecoins agora representam cerca de 70% dos fluxos indiretos das exchanges locais para as globais. Essa tendência tem atraído grandes players do mercado cripto para o Brasil, como a Circle, que lançou oficialmente suas operações no país em maio de 2024, oferecendo o USDC como uma solução acessível para os usuários brasileiros.
O gráfico abaixo mostra como o mercado de exchanges locais tem amplo domínio quando se analisa as transações de stablecoins:
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