Neste domingo, 6 de outubro, os brasileiros irão às urnas para eleger vereadores e prefeitos que governarão pelos próximos quatro anos. Embora o setor de criptomoedas ainda não seja amplamente discutido nas campanhas, ele já começa a ganhar espaço e atenção no cenário político.
O Portal do Bitcoin entrou em contato com as campanhas dos candidatos a prefeito de São Paulo, a maior cidade do Brasil, para saber o que os postulantes ao chefe do Poder Executivo local têm de ideias e propostas para o setor cripto ou uso de blockchain na Administração Pública.
As campanhas de Pablo Marçal do PRTB e José Luiz Datena do PSDB não retornaram o pedido da reportagem.
Ricardo Nunes
Atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB) afirma que as criptomoedas apresentam um enorme potencial de transformar as finanças globais. “O desafio será equilibrar a adoção e inovação com a regulação e a segurança, que são de responsabilidade da autoridade monetária federal”.
Em relação à tecnologia blockchain, o prefeito afirma que a gestão municipal já a utiliza para registrar as solicitações de serviços realizadas nos canais SP156, garantindo a autenticidade e integridade dos dados, evitando fraudes e falsificações. “Até o final de agosto deste ano, 16 serviços já utilizavam a tecnologia e novos são mensalmente incluídos”, disse.
Guilherme Boulos
A campanha de Guilherme Boulos (PSOL) disse que não tem propostas específicas sobre criptomoedas e lembrou que a regulação é papel do Banco Central.
“Sobre blockchain, por ser uma tecnologia voltada para dar mais segurança a dados e informações armazenadas na internet, pretendemos usar em serviços da saúde, que guardam dados pessoais e informações sensíveis dos usuários”, afirma a campanha de Boulos.
O psolista termina dizendo que pretende fazer uma gestão inovadora na qual a tecnologia será muito bem-vinda. “É preciso saber como e em que usar para que de fato contribua para um serviço público melhor e mais eficiente”.
Tabata Amaral
A campanha de Tabata Amaral (PSB) afirma que o mercado de criptomoedas já é uma tendência, tecnológica e social, que precisa ser acompanhada pelo Poder Público.
“Assim como o que já existe no mercado de capitais, as criptomoedas precisam ser regulamentadas, para proteger os usuários e evitar atividades ilegais, como a lavagem de dinheiro”, afirma.
O time de comunicação de Tabata diz não ter uma proposta fechada, mas que quer investir na capacitação dos servidores sobre o tema.
Já em relação à tecnologia blockchain, Tabata lembra que o Tribunal de Contas da União lançou uma plataforma chamada Rede Blockchain Brasil, a RBB, com objetivo de definir padrões para o uso de blockchain em governos.
“É importante acompanhar a RBB, pois várias soluções padronizadas vão ser propostas por eles. Como prefeita, meu papel é estar atenta às recomendações e seguir as melhores práticas, principalmente no que diz respeito à maior eficiência e transparência da gestão.”
Marina Helena
Marina Helena (NOVO) é a única candidata que citou a maior criptomoeda do mercado em sua resposta. “Como liberal, defendo a liberdade monetária (a possibilidade da pessoa usar a moeda que preferir). Também reconheço o enorme potencial do Bitcoin como investimento”, disse.
Sobre blockchain, Helena afirma que a administração municipal pode ganhar muito com a tecnologia. “O próprio registro de imóveis pode ser digitalizado e registrado em blockchain, e os contratos inteligentes baseados em Ethereum ou outras criptos podem substituir boa parte da necessidade de cartórios e da Justiça”, ressalta.
Sobre as ações da prefeitura que utilizam blockchain, a candidata do NOVO afirma que é “preciso sempre saber o que é apenas questão de marketing e o que de fato ajuda o cidadão. Defendemos sempre a eficiência: uma prefeitura que faça mais para o cidadão custando menos em impostos”.
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