A queda desta quarta-feira (2) do Bitcoin atrelada à instabilidade geopolítica por conta dos conflitos no Oriente Médio pode ser um indicativo de que o ativo pode ter uma alta. Duas análises recentes mostram que a criptomoeda tende a subir após episódios de tensão no cenário global.
Em setembro, a BlackRock divulgou um estudo mostrando que o Bitcoin teve altas de dois dígitos 60 após eventos de impacto global. Os dados mostram que a criptomoedas se saiu melhor em todos os episódios do que o ouro e o S&P 500.
Foram incluídos no estudo a tensão entre Irã e Estados Unidos (3 de janeiro de 2020), o estouro da pandemia do covid-19 (11 de março de 2020), a eleição presidencial dos Estados Unidos (3 de novembro de 2020), a invasão da Rússia pela Ucrânia (24 de fevereiro de 2022), a crise dos bancos nos Estados Unidos (9 de março de 2023) e desvalorização da moeda japonesa para níveis historicamente baixos (5 de agosto de 2024).
Quando se isola dessa lista apenas os eventos no qual houve conflito militar, os resultados também são positivos para o Bitcoin. O ativo subiu 20% nos dois meses seguintes ao ataque dos Estados Unidos. Em comparação, o ouro subiu apenas 6% e o S&P 500 caiu 7%.
No caso da Guerra da Ucrânia, o Bitcoin subiu 15%, contra 9% do ouro e 3% do S&P 500.
Veja abaixo a tabela completa com os dados da BlackRock:
Médias dos 20 maiores eventos globais
A ideia do Bitcoin se fortalecer em momentos de crise global foi também apontada em um estudo da firma de análises ETC Group em julho de 2024. O levantamento reforça a ideia de que o Bitcoin tende a atuar como um ativo de proteção em momentos de risco geopolítico.
A análise incluiu os 20 maiores eventos de risco geopolítico desde 2010, constatando que, em média, o Bitcoin registrou valorizações significativas até 50 dias após esses eventos.
O gráfico abaixo ilustra a tese: a linha do meio vertical do meio marca o início de um evento importante no cenário global; as linhas preta e azul são a mediana e a média do desempenho do Bitcoin nos 50 dias após os episódios; as linhas sobem e atingem um pico entre 30 e 40 dias após o evento, caindo um pouco ao chegar aos 50 dias.
Os dados usados para gerar esse gráfico são as médias e medianas do desempenho do Bitcoin durante os 50 dias após os 20 maiores eventos geopolíticos desde 2010 (essa classificação foi feita pela firma por meio de um sistema de ranqueamento baseado na quantidade de cobertura jornalística que cada evento recebeu).
Sobre os dados verificados no estudo, a ETC Group aponta que está em linha com a leitura de mercado que vem fazendo. “Acreditamos que isso está de acordo com o fato de que o Bitcoin pode atuar como um ativo de proteção devido à ausência de risco de contraparte, à resistência à censura e à sua oferta limitada”, afirma.
Além disso, a firma aponta que após o último Halving, a oferta do Bitcoin se tornou duas vezes mais escassa do que a do ouro pela primeira vez na história.
Por fim, afirma que “essa hipótese de investimento também é reforçada pelo fato de que períodos de maior risco geopolítico no passado foram associados a regimes de alta inflação”.
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