Um brasileiro minerou sozinho um bloco de Bitcoin, tendo recebido 3.125 BTC de recompensa (R$ 1 milhão) mais as taxas de transação associadas. O minerador utilizou 9.8 petahashes por segundo (PH/s) ao longo de 25 dias para minerar o bloco 862819.
Com a rede do Bitcoin atualmente operando em cerca de 660 exahashes por segundo (EH/s), o minerador estava competindo com 0.0015% do poder computacional total da rede.
O minerador usou um serviço de hospedagem de mineração oferecido pela Level Miner, empresa que fornece infraestrutura e suporte para a atividade no Brasil. No caso, o cliente compra as máquinas e usa a infraestrutura (energia e suporte) da companhia.
Para conseguir minerar solo um bloco de Bitcoin, o brasileiro comprou 67 máquinas Bitmain Antminer S19K PRO 120Th e cinco Bitmain Antminer T21 190Th. Atualmente, a Level Miner tem cinco mil máquinas de 300 clientes individuais.
A grande maioria dos mineradores atuam nas chamadas pools, nas quais todos emprestam poder computacional para que juntos minerem o bloco e dividam o dinheiro gerado pela atividade (recompensa e taxas). Porém, é possível minerar solo e utilizar as pools apenas como um node redirecionador.
Carlos Augusto, embaixador da marca Level Miner, aponta que o Brasil não está entre os principais países mineradores por questões estruturais.
“A mineração de Bitcoin é uma atividade que consome muita energia para funcionar, por isso mineradores de Bitcoin sempre procuram países em que a energia seja barata e acessível. O Brasil, apesar de não possuir uma energia tão cara, acaba ficando atrás de outros países onde a vantagem competitiva é maior”, disse.
Ele explica que a Level Miner consegue oferecer o serviço de hospedagem de mineração no Brasil graças a “parceiros de negócio e a modelos únicos estruturados para clientes”. “Isso possibilitou acesso à energia barata, proveniente de fontes limpas e renováveis, independentes do Sistema Nacional de Energia Elétrica”, ressalta Carlos Augusto.
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