O Bitcoin abre a semana enfrentando uma queda de 3% nas últimas 24 horas, que derruba seu preço para a faixa atual de US$ 63.606, segundo dados do CoinGecko. Embora tenha passado a maior parte do final de semana acima dos US$ 65 mil, a criptomoeda começou a cair na noite de domingo, com a abertura dos mercados asiáticos.
Em reais, o BTC registra uma queda de 2,6%, para R$ 349.208, segundo o Índice de Preço do Bitcoin (IPB).
A maioria dos criptoativos do mercado acompanham a queda do Bitcoin na manhã desta segunda-feira (30), incluindo Ethereum (-1,4%), Solana (-0,9%), BNB (-3,6%) e Dogecoin (-4,8%). No top 10 das criptomoedas, XRP é a única com gráficos verdes, em alta de 1,3% no dia.
As quedas no início desta semana não ofuscam os ganhos expressivos que as criptomoedas registraram em setembro, contrariando o histórico desempenho negativo que predomina nesse período.
O Bitcoin acumula ganhos de 7,8% nos últimos 30 dias, marcando seu melhor desempenho para o mês de setembro desde 2013. A última vez que a criptomoeda teve um resultado tão positivo nesse mês foi em 2016, com uma valorização de 6,04%, segundo dados do CoinGlass.
Neste ritmo, o Bitcoin deve entrar com o pé direito em outubro, um mês que contraria setembro ao ser historicamente positivo para a criptomoeda.
Na média, o BTC tende a valorizar cerca de 22% neste mês, apelidado pelos investidores de “Uptober”. Até então, foram apenas dois meses de outubro em que o Bitcoin não valorizou: 2014 e 2018. O melhor outubro da criptomoeda foi o de 2013, quando disparou mais de 60%.
“Com as correlações de criptomoedas permanecendo altas em relação a ativos macroeconômicos, especialmente contra o S&P 500, consideramos que o cenário macroeconômico favorável continua sendo um forte vento a favor para os preços das criptomoedas no quarto trimestre”, disse Augustine Fan, chefe de insights da SOFA, ao CoinDesk.
“Além disso, com Kamala Harris dando atenção superficial ao ‘apoio’ às criptomoedas como parte de sua retórica de campanha, permanecemos otimistas quanto à ação dos preços no curto prazo, com estratégias de venda de opções de venda (‘put-selling’) provavelmente se tornando populares à medida que os investidores adotam uma postura de ‘comprar na queda’”, acrescentou.
O otimismo dos investidores com a alta do Bitcoin em setembro reflete nas negociações dos ETFs à vista da criptomoeda nos EUA. Os fundos registraram o sétimo dia consecutivo de entradas na sexta-feira, atraindo mais US$ 494 milhões — a maior entrada diária desde junho.
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