Depois de virar réu no caso Gerdau/Santander há três anos, um episódio que envolveu roubo seguido de lavagem de dinheiro com criptomoedas, o ex-jogador de futebol Anderson, o ‘Andershow’ acumula mais um processo na justiça, desta vez por pensão alimentícia e ordem de prisão.
De acordo o site Zero Hora, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJRS) decretou no início do mês a prisão de Anderson, que fez carreira no Grêmio e no Inter. Segundo a publicação desta quarta-feira (11), o processo de pensão alimentícia de R$ 333,6 mil corre na 6ª Vara de Família e Sucessões da Comarca de Porto Alegre.
Procurado pelo ge, que repercutiu a notícia, o advogado de Anderson não se manifestou por se tratar de um processo que corre em segredo de Justiça. A decisão da 6ª Vara , diz o site, aponta que o ex-jogador deve ser levado para o Instituto Penal Irmão Miguel Dário, em Agronomia, Porto Alegre.
Contudo, conforme apurou o ge, se não houver vaga no regime fechado da prisão — que deve ser cumprida pelo prazo de 30 dias, a pena deverá ser cumprida no regime semiaberto. Se Anderson pagar a dívida, afirma a publicação, o pedido de prisão será retirado.
Lavagem de dinheiro
Em agosto de 2021, Andershow e mais seis pessoas foram denunciados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul no caso Gerdau/Santander, por furto qualificado, organização criminosa e lavagem de bens, direitos e valores. Na ocasião, o ex-jogador afirmou ser inocente.
O roubo ao Santander ocorreu em meados de abril de 2020, quando uma empresa do Rio Grande do Sul chamada Mundial conseguiu entrar dentro da conta da metalúrgica Gerdau no banco Santander e programar o envio de TEDs para diferentes empresas no valor total de R$ 30 milhões.
A fraude foi tão complexa que causou estranheza à própria investigação interna. O singular é que as transferências não foram feitas a partir de um login da conta da Gerdau. O débito foi efetuado por uma outra empresa, também correntista.
Conforme apuração do Portal do Bitcoin publicada em maio de 2022, o banco Santander contratou a empresa de análise blockchain Chainalysis para rastrear a rota do dinheiro e obteve, através de uma fonte que preferiu não ser identificada, dados que comprovam que uma grande corretora recebeu a maior parte das criptomoedas originárias do roubo.
A análise da Chainalysis rastreou 457 transações dos endereços vinculados ao roubo e que partiram do endereço raiz 1HMabWeAQ6DVArp9MX13CNniWKXmB7FKP5, identificado com a origem do cluster — um conjunto de diferentes endereços sob o controle de um mesmo usuário.
Na ocasião, após realizar o rastreamento, o Santander tentou recuperar o dinheiro transformado em Bitcoin, além de protagonizar um processo contra a corretora na justiça brasileira.
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