A Polícia Federal (PF), com o apoio da Receita Federal (RF), deflagrou nesta terça-feira (10) a Operação Niflheim para desarticular três grupos criminosos que atuam no mercado de criptomoedas e que teriam movimentado ilegalmente pelo menos R$ 55 bilhões.
Segundo comunicado do órgão, os alvos são suspeitos de lavagem de dinheiro e do envio de divisas para o exterior, crimes que vêm sendo investigados desde 2021.
“A partir da origem ilícita do recurso, principalmente de “clientes” do tráfico de drogas e do contrabando, os grupos investigados se utilizariam de empresas de fachada e de outros mecanismos para dificultar o rastreamento do dinheiro pelas autoridades. Ao receber os valores, os grupos se encarregariam do envio dos recursos para o exterior por meio de criptoativos”, explica a PF.
Os líderes dos grupos atuam a partir da cidade de Caxias do Sul (RS) e de Orlando (EUA), diz a PF, tendo como principais destinos os Estados Unidos, Hong Kong, Emirados Árabes e China.
A polícia identificou que a atuação dos grupos criminosos contemplaria diversas camadas de operações financeiras.
“Os crimes investigados são lavagem ou ocultação de bens, crimes contra o sistema financeiro nacional, falsidade ideológica, associação criminosa, organização criminosa e crimes contra a ordem tributária”, relata o órgão.
O bloqueio de valores em contas bancárias e criptomoedas dos investigados pode chegar a R$ 9 bilhões.
No total, foram expedidos oito mandados de prisão e 19 de busca e apreensão contra suspeitos nas cidades de Caxias do Sul (RS); São Paulo (SP); Fortaleza (CE); e Brasília (DF).
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