Pesquisas apontam que 72% dos investidores de criptomoedas são jovens, tendo menos que 35 anos. No entanto, dados da Safewill, uma plataforma australiana que oferece serviços para a criação de testamentos, revela que as criptomoedas estão cada vez mais presentes em testamentos.
Segundo as informações apresentadas pelo NewsWire, o número de cresceu 2.400% nos últimos 4 anos.
Conforme as criptomoedas podem ser acessadas por 12 ou 24 palavras, no caso de autocustódia, outra solução seria deixar instruções aos herdeiros para que eles as recuperassem por conta própria.
No entanto, o uso de um serviço como esse pode ser útil para evitar brigas na família, destacando quem receberá as moedas.
Investidores estão incluindo criptomoedas em testamentos
Mesmo que ninguém goste de pensar na sua própria morte, investidores precisam planejar quem ficará com a herança caso o pior aconteça.
No caso das criptomoedas, muitas vezes associadas a investimentos mais sigilosos, já que a autocustódia impede que outras pessoas saibam sobre eles, sua inclusão em testamentos é de extrema importância.
Embora não tenha revelado o valor total das moedas nos testamentos de seus clientes, dados da Safewill revelam que o valor médio de criptomoedas em cada testamento é de R$ 76.800 (20.300 dólares australianos).
A média fica em R$ 97.250 (25.700 AUD) em testamentos de homens e R$ 42.000 (11.000 AUD) de mulheres. Outras informações mostram que dois terços deles são homens, a maioria sem filhos, e que apenas 28% dos testamentos mencionam crianças como herdeiros.
“Criptomoedas é dinheiro. Você quer deixar para seus herdeiros quando falecer. Assim como o dinheiro na sua conta bancária, criptomoedas são um ativo, e você quer que todos os ativos que possui estejam no seu testamento”, comentou Matthew Baitieri, ex-consultor e analista de criptomoedas, à NewsWire.
Na mesma reportagem, a advogada Isabelle Marcarian notou que há uma estimativa de que “bilhões de dólares em ativos digitais não sejam reclamados devido à falta de informações adequadas passadas aos beneficiários”.
Segundo o site da Safewill, a empresa também trabalha com NFTs além de criptomoedas, ou seja, atende a todos os tipos de investidores desse novo mercado.
Outro ponto a ser observado é o potencial de valorização do Bitcoin e outras criptomoedas. Como exemplo, o BTC valorizou 27.300% nos últimos 10 anos contra o Real brasileiro, transformando cada R$ 1.000 investidos em R$ 273.000.
Portanto, embora hoje uma fração de bitcoin possa valer pouco, é possível que ela se transforme em uma fortuna ao passar dos anos a ponto de ser uma bela herança.
Fonte: Investidores já planejam deixar criptomoedas como herança, aponta estudo
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