Com o mercado atento ao cenário macroeconômico e sem fatores que ajudem a trazer um novo impulso, as criptomoedas seguem em movimento lateral, com o Bitcoin (BTC) sem conseguir voltar a superar os US$ 60 mil.
Esta semana não deve contar com uma agenda de indicadores muito relevante, mas os investidores ficarão atentos a dois importantes eventos: a divulgação da ata da última reunião do FOMC e o início do simpósio de Jackson Hole, com o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell falando sobre as perspectivas da economia dos Estados Unidos.
Na análise técnica, o gráfico semanal do Bitcoin não mostra um desempenho de preços tão esclarecedor assim, mas há alguns padrões importantes que podem indicar uma possível tendência, afirma o analista da Foxbit, Beto Fernandes.
“De forma geral, o BTC ainda caminha em um extenso canal lateral, apresentado pelo retângulo laranja (vide a imagem abaixo). Há alguns pavios que ultrapassam essa marca – para cima ou para baixo -, mas, mesmo assim, o preço acaba retornando aos níveis mais estáveis”, explica ele.
Fernandes diz ainda que o movimento é acompanhado pelo estreitamento da banda de Bollinger. “Depois de ver uma amplitude grande de toda a faixa desde outubro do ano passado, o indicador junta agora suas linhas, sugerindo que a quebra da lateralização está cada vez mais próxima”, completa.
Para onde vai o preço?
O analista da Foxbit destaca que o indicador de Fibonacci aponta que um teste dos US$ 55 mil está no radar, como um importante nível de suporte já visitado anteriormente. Ao mesmo tempo, há uma resistência na região dos US$ 63 mil, sendo que ambos os níveis vão de encontro com as linhas da banda de Bollinger, o que fortalece essas duas áreas.
Já Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, afirma que para que o Bitcoin retome a alta, é preciso que o preço rompa os US$ 62 mil, fazendo a criptomoeda buscar resistências de médio e longo prazo nas faixas de preços de US$ 63.600 e US$ 67.380.
Por outro lado, caso ocorra rompimento para baixo por busca de liquidez, os suportes estão nas áreas de valor dos US$ 52.700 e US$ 48.500.
Fernandes ainda completa ressaltando o Índice de Força Relativa (RSI), que está em 48 pontos, equilibrado, mas com leve dominância dos vendedores. “O que chama a atenção é que o indicador bateu um fundo visto pela última vez em outubro do ano passado, quando o BTC estava US$ 25 mil. Este fundo marcou, inclusive, a retomada de alta de preços até chegarmos à última máxima histórica”, afirma.
Ele diz que há espaço para um novo recuo do RSI, o que tenderia e derrubar os preços do Bitcoin, com uma queda aos 25 pontos colocando o BTC próximo ao fim do último bear market, quando estava US$ 15 mil.
“Caso contrário, os compradores poderiam tomar as rédeas do mercado e quebrar o movimento para cima, colocando o RSI em rota aos 70 pontos novamente. Se isso acontecer, o movimento poderia colocar o Bitcoin, no mínimo, próximo de suas máximas históricas novamente”, completa.
Rune em destaque
Ana aponta ainda que o destaque dessa semana entre as criptomoedas vai para a Rune, que entre os períodos de 11 a 17 de agosto teve uma valorização de 34%, fazendo o preço do ativo sair de US$ 3,07 para uma máxima de US$ 4,13.
“Ao analisar o fluxo é possível observar que o preço da Rune vem trabalhando em um spike de alta, portanto, se houver correção, os suportes de curto e médio prazo estão nas faixas de preços de US$ 3,77 e US$ 3,43”, explica a analista parceira da Ripio.
As resistências de médio e longo prazo estão nas regiões de liquidez dos US$ 4,45 e US$ 4,84, completa ela.
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