O Bitcoin (BTC) não conseguiu sustentar os ganhos de preço registrados na manhã passada, que o levaram brevemente de volta à faixa dos US$ 61 mil. Nesta quinta-feira (15), a principal criptomoeda recua 4,4%, retornando para US$ 58.436, nível de preço onde tem se mantido com maior frequência ao longo da semana.
Em reais, o BTC cai cerca de 3,6%, para R$ 321.692, de acordo com o Índice de Preço do Bitcoin (IPB).
Com exceção da Toncoin (TON) que cai 8,3% nesta manhã, as outras criptomoedas do top 10 registram quedas menores que o Bitcoin: Ethereum cai 4,3% para US$ 2.625, seguido por Solana (-3,7%), BNB (-1,8%) e XRP (-2,9%).
As criptomoedas buscam recuperação em meio a fatores contraditórios. Por um lado, o governo dos EUA anunciou ontem que o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) subiu 2,9% até julho, abaixo da expectativa dos economistas. Essa desaceleração da inflação é positiva para as criptomoedas, pois reforça a expectativa de cortes nas taxas de juros pelo Fed, o que pode atrair investidores de volta a ativos de risco, como o Bitcoin.
Por outro lado, há sinais de que o governo dos EUA continua a vender sua reserva de criptomoedas, o que pode exercer pressão negativa sobre os preços. Na tarde passada (14), uma carteira controlada pelo governo transferiu quase US$ 600 milhões (R$ 3,2 bilhões) em Bitcoin apreendido do mercado da dark web Silk Road para a Coinbase Prime.
A transação segue uma movimentação anterior de aproximadamente US$ 2 bilhões em Bitcoin da Silk Road no final de julho. Não está claro se os Estados Unidos planejam vender ou custodiar os ativos. De qualquer forma, a possibilidade de liquidação dessas criptomoedas já contribuiu para a queda nos preços.
Outro dado que pressiona o Bitcoin é o aumento da saída de capital dos ETFs à vista da criptomoeda negociados nas bolsas americanas. Na quarta-feira, esses produtos registraram uma saída líquida total de US$ 81,3 milhões, após dois dias consecutivos de fluxos positivos.
O ETF da Grayscale (GBTC) liderou as saídas, com uma redução de US$ 56 milhões, seguido pelo FBTC da Fidelity, que registrou saques de US$ 18 milhões. No entanto, o IBIT da BlackRock conseguiu contrariar a tendência, registrando uma entrada líquida modesta de US$ 2,6 milhões, segundo dados da Sosovalue.
“Um novo momento de venda ainda é o cenário predominante, com um possível recuo do Bitcoin para US$ 55 mil”, disse Alex Kuptsikevich, analista sênior de mercado da FxPro, ao CoinDesk. “Dados que apoiem uma flexibilização iminente da política monetária pelo Fed podem encorajar os compradores a superar a tendência de baixa de curto prazo e abrir caminho para uma alta até US$ 66 mil.”
Já o fundador da BitMEX, Arthur Hayes, segue confiante que o Bitcoin está no caminho certo para atingir cotações ainda mais altas.
“A próxima parada do Bitcoin é US$ 100.000”, escreveu Hayes em seu blog. “A combinação de um rali de Bitcoin e Ether inspirado na liquidez do dólar no final do ano criará uma base sólida para o retorno de uma sexy festa de shitcoin”, completou.
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