A Argentina possui uma das maiores inflações do mundo, chegando a 276% ao ano. Devido a isso, a adoção das criptomoedas no país é a maior do ocidente, deixando países como Brasil e EUA para trás.
Segundo dados de 55 corretoras de criptomoedas coletados pela Forbes, hoje argentinos são responsáveis por 2,5 milhões das 130 milhões de visitas a esses sites.
Ao contrário de investidores de outros países, a Forbes destaca que os argentinos não estão buscando a próxima criptomoeda que terá uma grande valorização. Ao invés disso, há uma grande demanda pela stablecoin USDT, que faz paridade com o dólar americano.
Em outras palavras, as criptomoedas estão ajudando os argentinos a salvarem seu capital, algo que era mais difícil em outros tempos, já que dependia do dólar físico ou de contas no exterior.
Adoção de criptomoedas na Argentina é uma das maiores do mundo
Javier Milei, presidente da Argentina, prometeu acabar com a inflação no país. No entanto, a moeda local enfrentou uma forte desvalorização após sua vitória, chegando a registrar uma inflação mensal de 25% em dezembro do ano passado.
Recentemente, por exemplo, Milei defendeu a livre concorrência de moedas na Argentina. Portanto, não há motivos para acreditar no peso argentino quando há tantas outras moedas melhores como o dólar e o Bitcoin.
Embora esteja em queda, a inflação de 4,2% registrada em maio está longe de animar os argentinos. Portanto, não é surpresa que muitos estejam recorrendo às criptomoedas para salvar suas economias.
Segundo dados da Forbes, hoje a adoção das criptomoedas na Argentina é 3,2 vezes maior que da média global. Esse é o maior número das Américas, seguido por EUA (3,1x) e Canadá (2,8x).
Curiosamente, o Brasil aparece abaixo da média nesse estudo, ficando atrás de países como Chile, Colômbia e México.
As corretoras mais usadas pelos argentinos
Outro dado interessante do estudo da Forbes são as corretoras escolhidas pelos argentinos. Dentre as mais usadas estão Binance, eToro, BingX, HTX e Bitget, seguindo a lista de mais acessos únicos em maio.
Novamente comparando países, o estudo destaca que a Argentina é o maior público da Binance. Na sequência aparecem EUA, Índia, Turquia e então o Brasil.
Por fim, tal comportamento é global. A inflação da Turquia, por exemplo, está em 71,6%, sendo um grande motivo para que turcos apareçam no gráfico acima como um dos maiores investidores de criptomoedas.
Fonte: Inflação faz Argentina ter a maior taxa de adoção de criptomoedas do ocidente
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