A Cámara Paraguaya de Minería de Activos Digitales (Capamad), uma associação de 12 empresas mineradoras de bitcoin que atuam no Paraguai, condenou um aumento no preço da energia ao setor. De acordo com representantes do mercado, o país pode perder pelo menos US$ 1,5 bilhão com as novas taxas.
A perda se daria em um contexto em que as empresas mineradoras de bitcoin poderiam se afastar do país, deixando de investir no setor.
Ocorre que o aumento das taxas foi publicado no dia 26 de junho de 2024, pela Administración Nacional de Electricidad (ANDE).
Mais de 1 mil empregos e mais de 1 bilhão de dólares podem se afastar do Paraguai, com cobranças novas de energia sobre mineração de bitcoin, alerta Capamad
Em conversa com agências de notícias locais, Jimmy Kim, diretor da Capamad alertou que a ANDE alterou as regras de forma inesperada.
“O Estado paraguaio, através da empresa pública que administra a geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica de forma monopolista, alterou unilateralmente e sem aviso prévio as condições sob as quais foram finalizados os acordos de investimento no setor mineiro.”
O alerta contra as cobranças possivelmente abusivas para o setor de mineração pode afastar mais de 1.170 empregos diretos, sem contar os indiretos. Endurecendo o tom, a associação dos mineradores indicaram que a medida coloca sob desconfiança a credibilidade do governo e Estado paraguaio.
“Países vizinhos, como Brasil e Argentina, estão sendo privilegiados”
As 12 empresas que criaram a Capamad para defender os interesses do setor já investiram milhões de dólares no país. Contudo, as novas medidas colocam em risco o crescimento do setor, visto que a mineração de bitcoin depende de muita energia para funcionar.
“Esses investimentos não só fortaleceram a economia do país, com a criação de empregos especializados, pagamento de impostos e um importante fluxo financeiro para a ANDE, mas também posicionaram o Paraguai como referência internacional no setor de tecnologia,” diz a nota da Capamad.
Além disso, a associação dos mineradores alega que o Paraguai vende a energia mais barato aos países vizinhos, como exemplo Brasil e Argentina. Ou seja, ao invés de recolher mais impostos e fomentar a indústria nacional, o país perde dinheiro ao privilegiar países vizinhos.
Agora a associação pede que as tarifas sejam revistas, para evitar afugentar os negócios estabelecidos no país, situação que o próprio presidente do Paraguai, Santiago Peña, deixou claro que não quer que aconteça.
Via Twitter, Jimmy defendeu que apesar da indústria da criptomoeda não gerar empregos em massa, ela paga mais que a média nacional e contrata empregos técnicos.
“Não gera emprego massivo como uma indústria tradicional, mas gera mais emprego técnico e uma remuneração média que excede em muito o mínimo. Pagam também 50% mais do que o preço “normal” da eletricidade.”
Ahi estas equivocado Fede. No genera empleo masivo como una industria tradicional pero genera empleo mas tecnico y una remuneracion promedio que supera ampliamente el minimo. Ademas pagan 50% mas el precio "normal" de la energia electrica.
— Jimmy Kim (@jimmykim85) July 2, 2024
Fonte: Mineração de Bitcoin no Paraguai está ameaçada por aumento de custos de energia, diz associação
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