Bitcoin e Ethereum andam de lado nesta quarta-feira (3), enquanto algumas altcoins registram ganhos em um dia de perdas para os índices acionários globais e aumento dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA. O cenário macroeconômico volta a pesar sobre as negociações diante da perspectiva de juros elevados por mais tempo.
O Bitcoin tem leve alta de 0,2% em 24 horas, cotado a US$ 66.443,20, segundo dados do Coingecko.
Em reais, o BTC sobe 0,3%, negociado a R$ 339.651,89, de acordo com o Índice do Preço do Bitcoin (IPB).
O Ethereum (ETH) cai 0,3%, cotado a US$ 3.340,45.
As principais altcoins vão em direções opostas, entre elas BNB (+0,6%), XRP (-0,4%), Solana (+4,2%), Cardano (+0,4%), Dogecoin (+0,5%), TRON (+0,6%), Chainlink (+0,2%), Avalanche (+1%), Polkadot (+1,1%), Polygon (+1,1%) e Shiba Inu (+3%).
Novos ETFs de Bitcoin nos EUA
Investidores agora podem usar fundos de índice para ampliar a exposição aos preços do BTC com o ETF ProShares Ultra Bitcoin (BITU) e o ETF ProShares UltraShort Bitcoin (SBIT), que começaram a ser negociados na terça-feira (2).
De acordo com comunicado, esses novos ETFs, com taxa de 0,95% ao ano, prometem oferecer o dobro do retorno diário do BTC. No caso do fundo vendido, o UltraShort, o dobro do retorno inverso.
Os ETFs de Bitcoin à vista lançados em 11 de janeiro registraram volume de negociação de US$ 111 bilhões em março, o triplo do mês anterior, que totalizou US$ 42,2 bilhões, mostram dados do Yahoo Finance compilados no The Block Data Dashboard.
Em relação aos fluxos, o ETF ARKB, da Ark Invest 21Shares, teve saídas líquidas de US$ 87,5 milhões na terça-feira (2), o maior valor desde sua estreia, de acordo com dados da SoSoValue. O fundo já havia registrado resgates pela primeira vez na segunda (1).
O Brasil foi destaque mais uma vez no cenário global de investimentos em criptomoedas, com os fundos nacionais captando mais US$ 2,9 milhões (R$ 14,6 milhões) entre 22 e 29 de março, conforme reportado pela CoinShares.
Raio X do Investidor Brasileiro
A 7ª edição do estudo “Raio X do Investidor Brasileiro”, realizado pela Anbima e pelo Instituto Datafolha, mostra que os títulos privados e moedas digitais estão ganhando espaço nas carteiras de investimento da população.
Embora a maioria dos entrevistados ainda desconheça veículos de investimento ou não os utilize, a parcela (57%) caiu em comparação com o levantamento do ano anterior (58%), de acordo com o estudo compartilhado pelo Valor Investe nesta quarta-feira (3).
A fatia de brasileiros que investe em poupança (25%) também diminuiu em comparação com a pesquisa anterior (26%), enquanto a proporção dos que investem em títulos privados subiu de 4% para 5%.
Em quarto lugar, com 4%, ficaram empatados a compra e venda de imóveis, fundos de investimentos e moedas digitais, que no ano anterior tinham 3% da preferência. Os criptoativos subiram na pesquisa pelo segundo ano seguido.
Outros destaques desta quarta
Em meio às apostas de outros gigantes de Wall Street e mesmo com o rali do Bitcoin neste ano, o Goldman Sachs continua cético em relação ao potencial das criptomoedas. Em entrevista ao Wall Street Journal, Sharmin Mossavar-Rahmani, diretora de investimentos da unidade de gestão de patrimônio do banco, disse que seus clientes não demonstraram interesse em aplicar em cripto. “Não acreditamos que seja uma classe de ativos de investimento”, afirmou. “Se você não pode atribuir um valor, como pode ser ‘bullish’ ou ‘bearish’?”, questionou, além de criticar a indústria por promover a democratização das finanças, enquanto “as principais decisões acabam sendo tomadas por algumas pessoas controladoras”.
Mas democratizar as finanças é o objetivo da nova exchange Figure Markets, que combina recursos de sistema de negociação alternativo com garantia cruzada de cripto e ativos do mundo real, além de crédito usando o balanço da empresa-irmã Figure Technologies como catalisador, segundo o CoinDesk. Essa estrutura é apoiada por “wallets” de computação multipartidária (MPC), um livro de ofertas amplamente descentralizado e o apoio da “market maker” Jump Trading.
A Paradigm, empresa de venture capital com foco em cripto, negocia com investidores uma captação entre US$ 750 milhões e US$ 850 milhões para um novo veículo de investimento. Caso consiga pelo menos US$ 750 milhões, será o maior fundo levantado pela indústria cripto desde o “crash” do mercado em maio de 2022, de acordo com a Bloomberg, que cita pessoas com conhecimento do assunto.
O setor de capital de risco parece ter recuperado o apetite, com US$ 1,16 bilhão alocado em projetos cripto em março, uma alta de 52% na comparação mensal e o segundo maior valor nos últimos 12 meses, mostram dados compilados pela RootData. A maior parte do capital foi destinada a projetos relacionados à infraestrutura e finanças descentralizadas.
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