Embora o Bitcoin tenha apresentado um desempenho imbatível desde seu lançamento em 2009, a BlackRock acredita que esses dias estejam próximos de seu fim. Segundo Robert Mitchnick, head de ativos digitais da gestora, a entrada de Wall Street significa que a criptomoeda está chegando ao seu ápice de adoção.
Isso não significa que o Bitcoin não continuará subindo, obviamente. No entanto, revela que o bitcoin ‘chegou ao seu mais alto grau de exposição’, vendo entradas diárias de bilhões diretamente do maior sinônimo de capitalismo no mundo.
Portanto, acima desse nível teríamos apenas governos comprando Bitcoin para compor suas reservas internacionais, assim como fazem com o ouro há décadas.
BlackRock acredita que ritmo do Bitcoin irá desacelerar
Participando do Bitcoin Investor Day em Nova York, Robert Mitchnick, head de ativos digitais da BlackRock, mostrou estar confiante com o Bitcoin, mas nem tanto. Sua opinião é que os ganhos do Bitcoin não serão os mesmos na próxima década quando comparados com a valorização da década passada. Suas falas foram capturadas pela CNBC.
“Certamente os retornos futuros cairão”, comentou Mitchnick. “Não vai haver um retorno de 124% ao ano durante a próxima década como aconteceu na década anterior.”
Segundo dados do Visual Capitalist, o Bitcoin foi o melhor investimento em 7 dos últimos 10 anos. Em 2013, por exemplo, os ganhos chegaram a 5.516%, seguido por uma alta de 1.300% em 2017 e de 302% em 2020. Ou seja, as porcentagens já estavam em queda.
De qualquer forma, o executivo da BlackRock notou que os ciclos do Bitcoin continuarão existindo mesmo após a entrada de Wall Street. Afinal, alguns investidores acreditam que o BTC seja o mercado mais honesto dos EUA, funcionando sem nenhuma intervenção.
“Não acredito que vimos o fim dos ciclos do bitcoin. Pela sua natureza, há reflexividade nele, e isso é difícil para muitos investidores tradicionais entenderem.”
“Quando o preço sobe, as probabilidades de sucesso e adoção em alguns sentidos, como de ser tornar um ouro digital, também estão mudando”, continuou Mitchnick. “E quando coisas ruins acontecem e o preço cai, essas probabilidades também mudam.”
“Então você cria reflexividade, e isso só reforça a ideia de que você vai ter esses ciclos, acredito que eles ainda existirão.”
Podemos estar em um dos últimos grandes ciclos do Bitcoin
O primeiro grande ciclo do Bitcoin foi quando o ativo chegou a US$ 29 em 2011 após sair do zero. Mais tarde, em 2013, superou a barreira dos US$ 1.000 em outro salto gigantesco.
Em 2017 e 2021 tivemos mais dois grandes ciclos com o BTC superando os US$ 20.000 e então os US$ 69.000.
Ao que tudo indica, a entrada de Wall Street com os ETFs está prestes a formar a 5ª onda. Para veteranos do mercado, o BTC pode atingir um valor entre 150 a 300 mil dólares até 2025.
Até o momento os ganhos estão fortes. No mês passado tivemos o segundo melhor mês de fevereiro da última década após o Bitcoin ter uma alta de 43,5%. Faltando 5 dias para o fim de março, já estamos acima da média mensal do período novamente.
Caso a alta se confirme, esse será o sétimo mês seguido com ganhos, um novo recorde para o Bitcoin.
Por fim, a “última onda” seria a adoção por países e governos, utilizando o Bitcoin como reserva de valor.
Embora esse movimento já tenha começado em pequenos países como El Salvador, espera-se que grande potências como os EUA também olhem para o BTC como um ouro digital no futuro e comecem suas compras.
Fonte: Podemos estar em um dos últimos grandes ciclos do Bitcoin, diz diretor da BlackRock
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